Como surgiu Café com Leite Crente?

Café com Leite Crente surgiu dos sonhos de Adriana Chalela (A Razão da Esperança), Regina Farias (Bora Ler) e João Carlos (Pastor João e a Igreja Invisível). Três amigos virtuais e irmãos em Cristo, separados por milhares de quilômetros mas que compartilham da mesma visão do Reino de Deus, Reino este que começa aqui na Terra e continuará por toda a Eternidade. Devido às nossas afinidades, decidimos unir nossos esforços para mostrar que é possível sermos 100% cristãos, mas com os pés 100% no chão, vivendo uma espiritualidade madura e responsável sem perder o amor pela vida que fomos graciosamente presenteados por nosso amoroso Pai.

Só que a família cresceu! Pelo Caminho conhecemos mais três irmãos maravilhosos, com a mesma visão do Reino: René Burkhardt (Nem de Paulo nem de Apolo: de Cristo!), Cláudio Nunes Horácio (Susto de Amor) e o "atrasildo" do Wendel Bernardes (Cinema Com Graça), que agora fazem parte desta gangue...


quinta-feira, 12 de agosto de 2010

"O evangelho dos evangélicos é uma mistura de catolicismo medieval, religiosidade afro e protestantismo fundamentalista."


Bom líder - Você tem dito que por trás da expressão “outra espiritualidade” está a sugestão de que existe uma outra maneira de viver a espiritualidade cristã, diferente da maneira como os evangélicos a vivem. Qual seria essa “outra espiritualidade”?

Ed René Kivitz: Escrevi um livro para responder esta pergunta. A resposta não é simples. Mas, em síntese, é uma espiritualidade em oposição ao modelo religioso de relações de troca com Deus, ou na verdade deus, pois uma divindade que se pode manipular é na verdade um ídolo. A espiritualidade cristã é uma experiência da graça-gratuidade de Deus, uma relação de amor abnegado, desinteressado, desfocado dos próprios interesses e voltado para servir e abençoar o outro. A espiritualidade egocêntrica, que visa manipular Deus-deus em benefício próprio é pagã, e está na contra-mão da proposta existencial do Evangelho: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo com o amor de Cristo.

Bom líder - E como você avalia o evangelho dos evangélicos?

Ed René Kivitz:
O evangelho dos evangélicos é uma mistura de catolicismo medieval, religiosidade afro e protestantismo fundamentalista. Está baseado em conceito de justiça retributiva, feitiçaria e magia, dogmas e moralismos. Bem distante do caminho de Jesus. Temo que se Jesus vivesse hoje seu ministério terreno, provavelmente trataria o evangelho dos evangélicos com a mesma atitude com que tratou o farisaismo de sua época, ou mesmo de maneira mais contundente em exercer juízo.

Bom líder - A atual espiritualidade desenvolvida em grande parte dos ambientes eclesiásticos no Brasil, seria o produto de uma liderança doente e comprometida com o mercantilismo religioso?

Ed René Kivitz: O modelo de liderança proposto por Jesus é a liderança do servo: quem quer ser o primeiro, seja o último; quem quer ser o maior, seja o menor; quem quer autoridade, seja servo. Cada um avalie seus líderes espirituais e compare com o modelo de Jesus para chegar a sua própria conclusão.

Bom líder - Pensando na dinâmica ministerial, como você avalia a relação vocação pastoral x carreira profissional?

Ed René Kivitz: Creio que a vocação é algo que faço em resposta a um chamado de Deus, independentemente de um chamado da igreja, e por conseguinte independentemente de remuneração. Carreira profissional é algo que implica vínculo formal com uma organização em cujo ambiente nos dedicamos e por esta razão somos recompensados de diversas maneiras, sendo a principal delas a remuneração financeira. Para exercer a vocação, sendo necessário, trabalho de graça ou até mesmo pago para trabalhar. Na carreira profissional, recebo salário. Paulo, apóstolo tinha uma carreira profissional: era fazedor de tendas; e também uma vocação: apostólica. Quando podia, dedicava-se inteiramente à sua vocação; mas quando necessário, trabalhava em sua carreira profissional para pagar as contas do exercício de sua vocação.

Bom líder - De forma prática, como o leitor pode desfrutar desta “outra espiritualidade”, que você afirma ultrapassar os limites do culto (atividades), templo (lugar), tempo (domingo)?

Ed René Kivitz:
As expressões "espiritualidade" e "forma prática" me soam antagônicas. A espiritualidade é muito mais uma postura de coração e uma atitude na vida do que uma coisa que se faz ou deixa de fazer. Nesse caso, o Evangelho trata de servir em vez de ser servido; amar as pessoas como as pessoas são, em vez de amar as pessoas como gostaríamos que fossem; buscar o reino de Deus e a sua justiça acima de todas as coisas; fazer tudo para a glória de Deus, dentre outras expressões ricas e profundas ensinadas pelo Novo Testamento.

Bom líder - Você acredita que da forma em que a igreja está constituída, é possível ser ao mesmo tempo, pastor e discípulo de Jesus?

Ed René Kivitz: Mais uma vez, ser discípulo de Jesus é uma coisa que você é, enquanto ser pastor é uma coisa que você faz. Você pode e deve ser discípulo de Jesus independentemente do que você faz, inclusive se o que você faz é pastorear.

Li aqui...

7 comentários:

  1. Pastor,

    Veja que é dessa "postura do coração" que eu venho falando, até por uma questão de bom senso e de ética também. Ora, Jesus é antes de tudo, ético!

    A verdade é que nós crescemos com essa idéia de negociação, de merecimento, de competição, de joguinhos da vida. Enfim, essa mistura sinistra que o Kivitz fala acima. E é dessa desconstrução que precisamos urgentemente!

    Penso por mim e não porque li recentemente em site desse ou daquele, é coisa que me incomoda desde que me entendo por ser pensante.

    Não li esse livro, mas depois que li "Vivendo com propósitos" logo que foi lançado há uns 4 anos, tenho prestado atenção ao que ele diz.

    Engraçado que antes disso ele esteve aqui pregando na catedral da minha igreja (minha aff)- IEC - e eu não gostei rss pois novinha na fé e ansiosa por explicações lógicas das neuras que eu vinha absorvendo he he me decepcionei porque ele discorria sobre Corintios 13. Mas depois - beeeeem depois - saquei que fazia parte do meu processo de amadurecimento...

    Falo como discípula de Cristo que continua nesse processo, claro rss

    Já em relação a ser pastor, a coisa se torna mais séria porque o líder tem a massa literalmente nas mãos e além de agir como um empresário, erra duplamente agindo como um empresário mala ao coletar dinheiro escravizando almas em nome de Deus.

    Há os que se gabam de não coletar dinheiro, mas escravizam as mentes em nome de Deus, sendo IGUALMENTE criminosos.

    Sou meio p da vida com essas coisas! E ainda bem que sou, já pensou se um dia isso não me afetasse mais?

    bj

    R.

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  2. Ah, faltou uma coisita básica!

    Euzinha da Silva reafirmar: li e gostei, é assim que eu creio :)

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  3. Passa a regua e fecha a conta!!

    Expressão bem carnal para algo tão espiritual, mas não consegui pensar em outra.

    Fecho com tudo dito.

    Os blogões fazem coro nas critcas feitas ao Ed e ao Gondim devido a teologia relacional e o Teismo aberto.
    Jogam o bebê junto como a água da bacia, desconsideram que estes cabras tem uma visão do evangelho que pode resgatar o evangélicos.
    Quando começou esta "marcha" de malhação deixei de seguir o tais blogões.
    Tenho dificuldade com o teismo aberto mas ouço Deus falar através destes irmãos, não posso fazer nada contra isso.

    abraços

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  4. Acho que eu entendi todos os comentários; acho também que é assim que eu penso... (risos!)

    Né?

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  5. Engraçado, Dri. Eu também deixei isso de lado, aliás sabia que faz um tempinho que não tenho o menor tesão pra entrar nestes tais? Esgotou minha cota de paciência com esse povo crescido que parou lá na fase da auto-afirmação. Afe!

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  6. Um saco, Regina.
    Defendo os amigos e fico chateada quando metem o pau em alguém que considero, mas nem de longe se trata disto.
    cara, não consigo ver este mal todo que Ed e Gondim geram para igreja, segundo alguns. Ora se vc tem cerebro e todas as suas sinapses estão em ordem, se vc tem discernimento, poxa saberá onde colocar seu santo pezinho, faça suas escolhas.
    Lendo as entrelinhas, é fácil notar o rancor e falta de trato é notória, se respeita os bastiões da igreja evangélica mas o Gondim é chamado de fracassado sem o menor pudor.
    Parei! Os mauricinhos de gesuis que se matem.
    Os bonitos se defendem atrás de seus sacrificios pessoais e vocações para ter "autoridade".
    Vou ser missionária no vale do Jequitinhonha faço um blog e chamo todos os que divergem da minha teologia de fracassados.
    Aguardem, a vingança será maligna...

    Desculpe o deabafo.

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  7. Dri,

    Não tem que pedir desculpa, esse espaço é seu e você fala o que quiser, agrade ou não.

    Você disse bem, o nome é rancor. E eu ouso acrescentar: inveja, competição...

    E por aí vai!

    Tô aguardando rss

    bj

    R.

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