A estrada é mais do que a trajetória.
Acabei de assistir* a um bom filme, dei uma "ruminada" e preciso compartilhar algo.
O nome dele é "A Estrada", eu ouvi falar um pouco dele mas não me interessei a principio. Não conhecia o diretor, nunca tinha ouvido falar da obra na qual ele foi inspirado e um dos atores principais, Viggo Mortensen, nem de longe é um dos meus preferidos, mas nesta fase da vida estou conseguindo ficar aberta a novas possibilidades e estou me permitindo a surpresa.
Pelo menos duas vezes por semana, eu e meu consorte reservamos para apreciar a sétima arte, o que tem sido um tempo bom. Preciso fazer um adendo "espiritual" e dizer que muitas vezes saiu mais "crente" de algumas de nossas sessões de cinema. São mais enriquecedoras e transformadoras do que alguns cultos onde as pregações, são de conteúdo ralo, e os "moveres" tem caracter manipulador, nada bibliocentrico, enfim. Escandalizou? Não fique assim.. Experimente e depois me conta. Claro, não vai escolher Duro de matar I,II e III porque daí fica difícil, vê se não dificulta o serviço do Espirito Santo.
Bom, o filme é denso, humano, chocante, para resumir é um chute na boca do estômago!
Desculpem, mas não estou conseguindo usar outra terminologia, então vai isto mesmo.
Trata da sobrevivência de alguns seres humanos em um tempo onde a terra foi destruída e nada nasce, cresce ou prospera, há fome generalizada e os homens perderam a noção de civilidade, chegando ao ponto de praticarem o canibalismo.
Neste quadro estão um pai e filho, que lutam a cada dia para chegarem a um objetivo.
A dramaticidade vem nos momentos em que este pai tenta passar conceitos de moralidade para a criança e ele se sai muito bem, mesmo estando faminto e vendo homens matando homens para comer.
Não vou contar o final, caso você se interessou por assistir, apenas preciso aconselhar que não desista no meio, pois vale a pena ver o desfecho.
Enfim, um bom filme para reflexão sobre os conteúdos dos quais nem queremos falar e pensar: morte, perda do "chão" e tempos áridos.
No entanto os três são inevitáveis.
A morte, nem preciso comentar.
Perda do chão, vem mais cedo ou mais tarde, principalmente para nós que, por vezes, achamos que controlamos algo (ah, doce ilusão...).
Tempos áridos já vivemos, sem que nos demos conta disto e sem dar importância aos sintomas oriundos da banalização de tudo que se possa chamar de vida. Sim, a aridez começa na alma.
Nós que "estávamos mortos em pecados e delitos" fomos resgatados e a culpa já não nos devora mais, e isto deve servir como alento e não como permissão para que estejamos a vontade para realizarmos o que há de pior devido as circunstâncias. As circunstâncias não podem apagar a "chama" que há em mim.
Confesso que não é o tipo de filme que assistiria duas vezes, pois é um tanto sufocante, mas valeu pelo "tapa na cara".
Hoje melhora minha consciência de que há Alguém que me conduz, me guia e principalmente me protege, de mim mesma.
Gloria a Deus!! é o que posso dizer, mesmo que seja depois de uma sessão de cinema caseira e aconchegante.
Que seja assim.
*assistido no dia 17 der Março de 2010
imagem retirada do site www.cinepop.com.br
Viggo Mortensen simplesmente arrasa como Aragorn em O Senhor dos Anéis!
ResponderExcluirVou procurar ver este filme, me deixou curioso...
Por último, estou adorando "a banda" que formamos... rsrs
Vc vai gostar da atuação dele, foi convicente, o cara me fez chorar.
ResponderExcluirTbém estou curtindo esta celebração.
beijocas