O vestibular da Universidade da Bahia cobrou dos candidatos a interpretação do seguinte trecho do poema de Camões:
"Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói e não se sente,
é um contentamento descontente,
dor que desatina sem doer."
Uma vestibulanda de 16 anos deu a sua interpretação:
"Ah, Camões! Se vivesses hoje em dia,
Tomavas uns antipiréticos,
Uns quantos analgésicos
E Prozac para a depressão.
Compravas um computador,
Consultavas a Internet
E descobririas que essas dores que sentias,
Esses calores que te abrasavam,
Essas mudanças de humor repentinas,
Esses desatinos sem nexo,
Não eram feridas de amor,
Mas somente falta de sexo!"
A vestibulanda ganhou nota DEZ pela originalidade, pela estruturação dos versos, pelas rimas insinuantes e também porque foi a primeira vez que, ao longo de mais de 500 anos, alguém desconfiou que o problema de Camões era apenas "falta de mulher".
Não sei se é verdade, só sei que é engraçado...
ResponderExcluirFalta de peteca traz vários transtornos, é o que dizem por ai.
ResponderExcluirSe o sujeito consegue transformar a mazela em poesia, é ótimo, para nós rsrsrs
Pastor,
ResponderExcluirÉ chato dizer: já conhecia he he
Mas é sacanagem com o Camões, bora combinar.
Adolescente é cruel :)
bjusss
Rê.
Dri,
ResponderExcluirE então?!
É a nossa sorte a dor de cotovelo dos grandes poetas.
Reza a lenda que numa das viagens de show a Juazeiro, Caetano pegou a Dedé no flagra, daí fez "O ciúme" em Petrolina, à beira do Rio, olhando pra Juazeiro. (Ou foi o contrário? enfim...)
"Dorme o sol à flor do Chico meio-dia
Tudo esbarra embriagado de seu lume
Dorme ponte, Pernambuco, o rio, Bahia
Só vigia um ponto negro: o meu ciúme
O ciúme lançou sua flecha preta
E se viu ferido justo na garganta
Quem nem alegre, nem triste nem poeta
Entre Petrolina e Juazeiro canta
Velho Chico vens de Minas
De onde o oculto do mistério se escondeu
Sei que o levas todo em ti
Não me ensinas
E eu sou só eu só eu
Juazeiro, nem te lembras dessa tarde
Petrolina, nem te chegaste a perceber
Mas, na voz que canta tudo ainda arde
Tu é perda, tudo quer buscar, cadê
Tanta gente canta, tanta gente cala
Tantas almas esticadas no curtume
Sobre toda estrada, sobre toda sala
Paira, monstruosa, a sombra do ciúme".
Melodia triste mas de uma carga poética impressionante.
Amo!
bjusss
Eu ia colocar uma outra que recebi, mas achei muito pesado bispa...
ResponderExcluirO povo ia me excomungar. Acho que até vocês iriam me excomungar... Nada demais, apenas tem um pouco de palavreado chulo, mas muito engraçada!!!
(momento "elas vão ficar curiosas para eu colocar")
Correção: TUDO é perda
ResponderExcluirE eu sou só, eu só, eu só, eu
ResponderExcluirPor mim...
ResponderExcluirNão sou moralista :P
Nem eu.
ResponderExcluirManda bala, depois pedimos desculpas aos mais pudicos.
Pedimos desculpas aos mais pudicos he he
ResponderExcluirTem certeza? Vou mandar pra vocês por email primeiro. Acho que vão preferir se magoar do quer dar risada!
ResponderExcluirEu já li, é meio "pesado" porque a net tem todo tipo de leitor :P
ResponderExcluirBora considerar, né?
Mas o teor é inofensivo e apenas me fez dar ótimas risadas.
bj
Rê.