Como surgiu Café com Leite Crente?

Café com Leite Crente surgiu dos sonhos de Adriana Chalela (A Razão da Esperança), Regina Farias (Bora Ler) e João Carlos (Pastor João e a Igreja Invisível). Três amigos virtuais e irmãos em Cristo, separados por milhares de quilômetros mas que compartilham da mesma visão do Reino de Deus, Reino este que começa aqui na Terra e continuará por toda a Eternidade. Devido às nossas afinidades, decidimos unir nossos esforços para mostrar que é possível sermos 100% cristãos, mas com os pés 100% no chão, vivendo uma espiritualidade madura e responsável sem perder o amor pela vida que fomos graciosamente presenteados por nosso amoroso Pai.

Só que a família cresceu! Pelo Caminho conhecemos mais três irmãos maravilhosos, com a mesma visão do Reino: René Burkhardt (Nem de Paulo nem de Apolo: de Cristo!), Cláudio Nunes Horácio (Susto de Amor) e o "atrasildo" do Wendel Bernardes (Cinema Com Graça), que agora fazem parte desta gangue...


sexta-feira, 30 de julho de 2010

Castelos de Areia...


Sempre irrequieto, na busca constante por significado existencial, assim sou eu. Clamo por momentos sem questionamentos e dúvidas, mas caminho por desertos de serpentes abrasadoras, sol escaldante e noites geladas.

Meu espírito vagueia em busca de locais de descanso, mas este oásis está sempre além da próxima duna de areia, que insiste em se desfazer, deixando-me desorientado e confuso. Não busco mais o paraíso humano divulgado pela mídia. Abdico de meus sonhos faraônicos. Não vou agir como os príncipes megalomaníacos de Dubai, que investem fortunas incalculáveis para construir suas ilhas artificiais nos mares, enquanto multidões mendigam um prato de comida.

Uma onda basta para colocar tudo por terra. Um sopro basta para acabar com toda a arrogância. E algo me diz que isso irá acontecer. Não tentarei mais construir um palácio. Não ambicionarei um trono. Não sonharei com o impossível. Contentar-me-ei com o que tenho. Quero mais do Reino de Deus e sua Justiça. Esta é minha sede. Isso é a minha busca.

Este mundo não mais me satisfaz, sua riqueza não mais me seduz, seu apelo não mais me emociona. Vejo que não faz sentido gastar minhas energias atrás daquilo que é corruptível. Preciso de muito pouco para ser feliz. Leio e releio as Escrituras e vejo que realmente este mundo é de aflições. Entendo que este vazio não é gerado pela ausência de Deus, e sim o fato de'u estar cheio dEle, o que me faz sentir um estranho no ninho.

Não ambiciono perpetuar meu nome nos anais da história humana. Para mim basta saber que meu nome está escrito no Livro da Vida. Estou no mundo, mas não sou do mundo. Em concordância com a oração sacerdotal de Jesus, peço a Deus que não me tire do mundo, mas que me livre do mal.

Escrevi faz tempo aqui...

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Notícias do fim do mundo...



The New York Times
O MUNDO VAI ACABAR


Observatore Romano
MUNDO ACABA OUTRA VEZ


Diário de Lisboa
LEIA AMANHÃ COMO O MUNDO ACABOU HOJE


Jornal da LBV
JESUS CRISTO VOLTA HOJE


O Globo
GOVERNO ANUNCIA O FIM DO MUNDO


Jornal do Brasil
FIM DO MUNDO ESPALHA TERROR NA ZONA SUL


Folha de S. Paulo
(Ao lado de um imenso gráfico)
SAIBA COMO VAI SER O FIM DO MUNDO


O Estadão
CUT E PT ENVOLVIDOS NO FIM DO MUNDO


Agora São Paulo
PSICOPATA MATA A MÃE, DEGOLA O PAI, ESTUPRA A IRMÃ E FUZILA O IRMÃO AO SABER QUE O MUNDO VAI ACABAR!


Correio Brasiliense
CONGRESSO VOTA CONSTITUCIONALIDADE DO FIM DO MUNDO


Gazeta Mercantil
DECRETADA A FALÊNCIA DO FIM DO MUNDO


Jornal da Tarde
FIM DO MUNDO. E DAI?


Lance
CORINTHIANS DESFALCADO PARA O FIM DO MUNDO


Folha Universal
PAGUE O DÍZIMO ANTES DE PARTIR


Veja
EXCLUSIVO! ENTREVISTA COM DEUS

- Por que o apocalipse demorou tanto?

- Especialistas indicam como encarar o fim do mundo.

- Paulo Coelho: “O profeta viu o fim do mundo e chorou”.



Nova
O MELHOR DO SEXO NO FIM DO MUNDO


Playboy
NOVA LOIRA DO TCHAN: UM APOCALIPSE DE SENSUALIDADE


Info (Exame)
100 DICAS DE COMO APROVEITAR O WINDOWS THE END!


Época
ATÉ O FIM DO MUNDO SUA REVISTA “ÉPOCA” ESTARÁ CUSTANDO R$ 2,80.
ASSINANDO ÉPOCA E QUEM VOCÊ GANHA UM CAMAROTE PARA O FIM DO MUNDO


Isto é
ADÃO E EVA ACABARAM


Super Interessante
DO BIG BANG AO FIM DO MUNDO


Casa Cláudia
COMO DECORAR A SUA CASA PARA O FIM DO MUNDO


Diário Oficial da União
PRESIDENTE FAZ A SUA ULTIMA VIAGEM


Diário Oficial da Justiça
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL CONDENA O FIM DO MUNDO


Diário do Congresso
ACABOU A MAMATA


Jornal O Estado (Ceará)
O MUNDO ACABOU E SÓ FICOU UM MAR DE SANGUE


Revista Veja
O FILHO DE LULA É O PRINCIPAL SUSPEITO DA CAUSA DO FIM DO MUNDO


Jornalista Themístocles de Castro e Silva
OS COMUNISTAS SÃO OS CAUSADORES DO FIM DO MUNDO.


Sônia Abrão
MAS ANTES, NOSSOS COMERCIAIS DO COGUMELO DO SOL!

(Recebi por e-mail)

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Overtraining


O que é o overtraining?

O overtraining, também conhecido por síndrome do excesso de treinamento, pode ser definido por um desequilíbrio entre o estresse e a recuperação. Esse fenômeno ocorre quando o indivíduo é submetido a longos períodos de cargas de treinamento muito elevadas sem recuperação adequada. Nessas fases de treinamento, as cargas de treino ultrapassam a capacidade de adaptação do indivíduo e ele apresenta uma queda constante no seu rendimento esportivo, além de vários sintomas fisiológicos e psicológicos. O processo de recuperação desse quadro pode durar semanas ou meses.

Quais as causas?


A causa principal do overtraining é o excesso de carga de treinamento associado a uma recuperação insuficiente. Contudo, veremos ao longo do texto que o estresse extratreinamento também é um importante fator que contribui para o aparecimento desse fenômeno.

Como identificá-lo? Quais os sintomas?

Já foram relatadas dezenas de sinais e sintomas de natureza bioquímica, imunológica e psicológica em atletas sofrendo overtraining. Entretanto, podemos destacar como os mais relevantes o desempenho esportivo reduzido, incapacidade de manter níveis usuais de desempenho, necessidade de recuperação prolongada, alterações na pressão arterial, alterações na frequência cardíaca de repouso, redução da massa corporal, sensação de fadiga crônica, apatia, distúrbios de humor, insônia, perda de apetite, redução dos níveis de testosterona, balanço nitrogenado negativo, aumento dos níveis de ureia, aumento dos níveis de cortisol, redução nos níveis de glicogênio muscular, maior susceptibilidade a lesões e infecções. Contudo, a identificação do overtraining é uma tarefa muito complexa.

Ainda não existe uma variável completamente confiável para o seu diagnóstico precoce. Muitas vezes o atleta em overtraining não apresenta nenhuma alteração fisiológica ou psicológica. Além disso, alguns sintomas do overtraining podem ser observados em atletas que apresentam melhoras no desempenho esportivo. Mesmo diante dessas dificuldades de diagnóstico preciso, é preocupante quando o atleta apresenta distúrbios de humor e sensação de fadiga severa em períodos de treinamento caracterizados por baixas cargas de treinamento. Alguns autores consideram que as variáveis psicológicas podem ser mais sensíveis que as variáveis fisiológicas.

A avaliação das variáveis psicológicas pode ser realizada através de instrumentos como o questionário de estresse e recuperação para atletas (RESTQ-Sport). Esse questionário foi recentemente traduzido e validado na língua portuguesa pelo Laboratório de Psicologia do Esporte (LAPES/UFMG) e avalia a magnitude do estresse e a eficiência dos processos de recuperação utilizados nos últimos dias pelo avaliado.

Como esse excesso de treinamento prejudica o corpo?

O excesso de treinamento pode prejudicar o organismo em diferentes níveis. O indivíduo pode não conseguir repor suas reservas de glicogênio muscular e hepático entre as sessões de treino e, consequentemente, não dispor de energia suficiente para a próxima sessão, reduzindo assim seu desempenho. Além disso, podem ocorrer lesões e infecções frequentes. A alteração nos níveis de alguns hormônios observada em períodos de cargas de treinamento muito elevadas pode estar associada com a diminuição da massa muscular e, consequentemente, queda da força muscular. Outro ponto negativo são os distúrbios de sono e humor. Fadiga, raiva, tensão e até depressão são características comuns em períodos de excesso de treinamento.

Qual a frequência de treinamentos mais adequada para uma pessoa?

É difícil definir a frequência de treinamento ideal para cada um. Isso depende da capacidade física treinada e de outras características da carga de treinamento, como sua duração e intensidade. Além disso, cada pessoa reage de uma maneira a um mesmo estímulo de treinamento, dificultando a generalização da prescrição da frequência de treinamento. Entretanto, uma sugestão seria que a pessoa tenha uma recuperação condizente com o estímulo de treinamento. Ou seja, se a carga de treinamento é muito elevada, o tempo de recuperação deve ser maior, ou devem ser adotadas estratégias de recuperação mais eficientes, como massagens, crioterapia, reposição imediata de carboidratos, entre outras.

O estresse pode ser um fator importante no overtraining?

Sim. O overtraining não é causado apenas por excesso de carga de treinamento. O estresse extratreinamento também contribui para o aparecimento desse fenômeno. Fatores como discussões com companheiros de equipe e membros da comissão técnica, viagens constantes para competições, problemas familiares e financeiros, entre outros, somam-se ao desgaste causado pela carga de treino em si, contribuindo para o aparecimento do overtraining.

Um atleta está mais sujeito a sofrer uma sobrecarga de treinamento?

Geralmente o overtraining acomete atletas de alto rendimento, devido às extremas cargas de treinamento às quais esses indivíduos se submetem. Entretanto, aqueles atletas amadores também estão sujeitos ao overtraining. Principalmente porque eles estão envolvidos em outras atividades, como estudo, atividades profissionais e todos os fatores estressantes que as envolvem, dificultando, assim, uma recuperação eficiente.

O overtraining pode gerar uma disfunção hormonal?

Sim. Alguns autores consideram o overtraining como um distúrbio neuroendócrino. Os altos níveis de estresse característicos desse fenômeno podem gerar alterações nos níveis de alguns hormônios em repouso e durante o exercício, como o cortisol. Os altos níveis de estresse podem gerar uma mudança no comportamento do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, impedindo o mecanismo de feedback negativo do cortisol e, consequentemente, a redução das concentrações desse hormônio. Dessa forma, os níveis de cortisol permaneceriam elevados cronicamente, causando uma série de problemas, como a perda de massa muscular, por exemplo.

Existe tratamento?

O tratamento do overtraining se baseia basicamente em reduções drásticas na carga de treinamento. Além disso, devem ser adotadas medidas como apoio psicológico e alimentação adequada, mudanças na rotina de treinamento e técnicas psicorregulativas de relaxamento e treinamento mental.

Como evitá-lo?


A prevenção do overtraining passa por medidas de nível físico e psicológico:

- Individualização das cargas de treinamento, já que cada atleta reage de uma maneira à mesma carga de treinamento.

- Monitoramento constante do treinamento através de variáveis fisiológicas e psicológicas, principalmente nas fases críticas de treinamento, em que as cargas são muito elevadas.

- Análise do estilo de vida do atleta e fatores externos ao treinamento. Uma vez que o overtraining também é causado por fatores estressantes extratreinamento, é importante levar em consideração esses fatores.

- Incentivar a comunicação entre técnicos e atletas. O atleta deve se sentir à vontade em expor seus problemas pessoais aos treinadores e relatar sua percepção em relação às cargas de treinamento.

- Planejar o treinamento, incluindo de maneira sistemática os períodos de recuperação. Os períodos de recuperação são tão importantes quanto os estímulos de treinamento para o aumento do rendimento esportivo.

- Utilização de técnicas de autorregulação para controle do estresse, como relaxamento e autorregulação.

- Manutenção de uma boa condição física e nutrição adequada. A manutenção de uma boa condição física gera confiança, combatendo o estresse.

Dicas para quem está começando ou já pratica exercícios físicos

Principalmente para os iniciantes, a orientação básica é não exagerar. Aumente sua carga de treinamento (duração, intensidade e frequência de treinamento) de maneira progressiva. Preste atenção nos sinais que seu corpo lhe dá. Dores musculares, sensação de fadiga severa, falta de apetite e falta de sono são sinais de que você pode estar ultrapassando seus limites. Consulte um profissional de educação física. Ele é o único profissional habilitado para prescrever um programa de exercícios físicos da forma mais segura e eficiente possível.

Prof. Dr. Dietmar Martin Samulski é Doutor em Ciências do Esporte e Psicologia do Esporte, graduado pela Universidade do Esporte de Colônia, Alemanha; Coordenador do Laboratório de Psicologia do Esporte (LAPES/UFMG); Diretor do Centro de Excelência Esportiva (CENESP) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Presidente da Sociedade Sul-Americana de Psicologia do Esporte (SOSUPE); Participante de Olimpíadas e Paraolimpíadas como integrante da delegação brasileira.

Li aqui...

terça-feira, 27 de julho de 2010

Você é feia?


Ela é feia. Ele, charmoso. Por que a feiura pesa mais, muito mais, sobre a cútis feminina?

Texto por Luara Calvi Anic
Fotos Rodrigo Sacramento

Olhe bem para Hebe Camargo. Ela não é exatamente uma Gisele Bündchen. Nem poderíamos exigir tanto da apresentadora octogenária. Mas Hebe Camargo, com suas madeixas louras, seus diamantes de infinitos quilates e os figurinos muito bem assinados, tem boa aparência. Com as devidas “proporções”, qualidade tão citada nos classificados dos jornais. Exige-se boa aparência para recepcionistas, babás e por aí vai. O mesmo não acontece com motoristas e porteiros. Basicamente porque mulher, mesmo se for competente, precisa ser bonita. E homens, bem, até os mais feios são considerados, no mínimo, interessantes.

Atualmente, enquanto a mulher se torna “velha” e “feia”, homens nem tão bonitos nem tão jovens ganham compensações como “calvo, porém charmoso”, “barrigudo, mas sexy”. O músico Marcelo Camelo e o ator Adrien Brody são os reis dos feios-bonitos. Numa eleição informal (leia box), eles ganharam a briga. Se aplicados os mesmos critérios usados para eleger uma mulher bonita, eles estariam longe do título de semideuses. Um bom exemplo para essa diferença no olhar está mensalmente nas páginas desta revista. Dos 182 ensaios femininos realizados pela Trip (irmã mais velha da Tpm) em 23 anos, apenas oito mulheres tinham mais de 30 anos. Em contraponto, 80% dos ensaios masculinos feitos pela Tpm em oito anos de revista foram com homens que já tinham completado três décadas – ou mais.

"Sou feio segundo os padrões mas me acho lindo" - Wander Wildner





Seja mulher, seja bonita!

Não ouvimos um “eu sou feia” ao entrevistar mulheres consideradas exóticas, ou fora dos padrões, como por exemplo a cantora e modelo Geanine Marques, musa do estilista Alexandre Herchcovitch. Difícil. Ao mesmo tempo, foi facílimo ouvir a sentença de dois homens feios, porém charmosos, inteligentes. O músico Wander Wildner, 50, autor do disco Eu Sou Feio. mas Sou Bonito!, acredita na beleza além da estética. “Sou feio segundo os padrões, mas me acho lindo!” Para ele, não existe mulher feia. “As pessoas se deixam levar por um conceito de beleza que é pura enganação”, garante. Em uma das canções do disco, o gaúcho faz uma ode ao direito de ser banguelo por fora e elegante por dentro: “Carrego dentro de mim a fina estampa, que os meus tortos dentes não mostram. (.) Não vou gastar meu dinheiro no dentista pra te agradar, não vou colocar dentadura postiça só pra te conquistar”.

Jorge Espírito-Santo, 46, gerente artístico do GNT e conhecido por estar sempre acompanhado de belas mulheres, também não tem medo de assumir a feiura – ou o charme. Para ele também não existe mulher feia, “no fundo, quem está se achando feia anda mal-amada, mal arrumada e com problema de autoestima”, escreve no texto ao lado. A historiadora Mary Del Priore, autora de Corpo a Corpo com a Mulher, acredita que a tolerância feminina à feiura tem a ver com uma questão demográfica. “No Brasil nós temos um número maior de mulheres do que de homens. E, quando você tem dez mulheres para um homem, se esse homem é feio ou bonito não faz tanta diferença”, acredita. A psicanalista Joana de Vilhena Novaes estuda a relação da mulher com a beleza – ou a falta dela – há mais de dez anos. Coordenadora do Núcleo de Doenças da Beleza, da PUC-Rio, ela sentencia: “Para a mulher, ser feia é o que há de pior. É estar totalmente fora do páreo”. Para o homem, essa não é a principal questão. “Sou feio, mas conquisto. Tenho humor, inteligência e charme.”

A partir da visão simplista de que ser magra e bela está ao alcance de todos, a censura aos que estão fora desse padrão passa a ser um preconceito socialmente aceito. Desde pequena você já sabe: “Não se nasce mulher, se aprende a ser mulher”. Sua mãe, indiretamente, parafraseou Simone de Beauvoir enquanto te presenteava com uma maquiagem de brinquedo ou com uma Barbie – representação absoluta do que é ser bela, leia-se magra, esguia e loira.

"Cansei de ser só a mais inteligente"- Astrid Fontenelle

Desde sempre, mulher é sinônimo de beleza. E, se você é feia, deixou um pouco de ser mulher. Parece até que a natureza não tem nada a ver com isso. E que ter olhos azuis, enfim, é uma questão de escolha. “O mérito atribuído à beleza tornou-se um dever moral. O fracasso não se deve mais a uma impossibilidade mais ampla, mas a uma incapacidade individual”, escreve Joana de Vilhena Novaes em seu livro O Intolerável Peso da Feiura. “Na mulher qualquer desleixo com a aparência é visto como incompetência. A feia é menos mulher, é como se faltasse alguma coisa. Faz parte do feminino aprender a ser bonita, a se cuidar”, completa.

O chavão “toda mulher gosta de se sentir bonita” não é nenhuma mentira. E o questionável, aqui, não é o prazer de cuidar da aparência – e sim quanto isso se tornou uma obrigação e, entre outras coisas, a causa direta de inúmeras doenças ligadas à imagem. Afinal, o modelo de beleza é único. E, se todo mundo pode ser bonita, magra e jovem se assim o quiser, por que o número de anoréxicas, obesas e insatisfeitas com a própria imagem não para de crescer?

Quando Astrid Fontenelle ainda estava na MTV, em meados de 1990, viu de perto uma mudança no padrão de beleza das apresentadoras. Os castings passaram a buscar meninas bonitas com alguma inteligência e certo charme. Astrid sempre soube não ser uma mulher linda. Sabia que era bonita, mas não dentro daquele padrão. “Vendo essa mudança acontecer, trabalhei para ser a mais carismática e inteligente do pedaço”, lembra. O que não quer dizer que a apresentadora não tenha se dobrado a alguns padrões da televisão. Ao longo dos anos, deixou os cabelos mais claros e lisos e ainda botou um aparelho dentário. “Cansei de ser só a mais inteligente. Aprendi a não ter medo de tentar ser mais bonita. Não pra parecer falsa ou mais jovem, mas pra me sentir melhor”, conta.

A ex-jogadora de basquete Hortência é um caso clássico de quem trabalhou para ficar mais bonita. Uma das melhores de sua geração, se sente mais bonita agora do que na época em que arrasava nas quadras. “Nunca precisei da minha beleza pra me sentir bem ou confiante. Era sempre elogiada pela minha atuação no esporte. Mas hoje tenho mais tempo pra me cuidar.” Hortência revela que nunca fez plástica no rosto e visita a academia todos os dias. “Não sou neurótica, mas o meu dia só começa depois da ginástica.”

"Nunca precisei da minha beleza para me sentir bem" – Hortência


Antes de a indústria cinematográfica dar as cartas, ou seja, decretar o que é “uma linda mulher”, a literatura não definia exatamente tal coisa. Falava-se da elegância, da postura, das joias e das roupas, mas não ficava claro se os personagens eram loiros ou morenos, gordos ou magros. O máximo a que se chegava eram aos “pés e mãos pequenos”, das personagens de José de Alencar, e aos “olhos de ressaca” (que não se sabe exatamente o que significam), da Capitu de Machado de Assis. “A elegância feminina era sinônimo de beleza, então não havia essa obsessão por um padrão único. À medida que somos bombardeados por imagens, com o aparecimento das grandes divas do cinema, esses paradigmas vão se consolidando”, explica Mary Del Priore. Ou seja, quando se define o que é bonito, automaticamente tudo que é oposto passa a ser considerado feio.

Hebe Camargo está bem colocada no padrão “loira” e Gisele Bündchen no “alta e magra”. “Eleger mulheres louras como belas não deixa de ser masoquista. É uma loucura um país formado por crianças afrodescendentes ter animadoras de programas infantis que sejam 100% louras. Imagine o efeito que isso faz na autoestima dessas crianças”, finaliza Mary. Não só na autoestima de crianças e jovens, como na de mulheres que só enxergam beleza no que está nas capas da maioria das revistas.

É dos feios que elas gostam mais!

O nariz é grande e com cravos, a barriga saliente e as olheiras escorregam até o pescoço. Alguns têm barriga e orelha de abano. Mas são tão lindos. Não exatamente pela aparência, mas pelo olhar, inteligência, pelo jeito como dão uma coçadinha, de leve, na barba por fazer. Inspirada pelos feios mais lindos do planeta, Tpm fez um concurso informal para eleger homens que têm uma feiura cheia de poréns. O vencedor internacional foi o narigudo Adrien Brody, ganhador do Oscar em 2003 por sua atuação em O Pianista. No Brasil, Marcelo Camelo foi o mais citado. “Nunca me achei feio, assim feião, sabe? Todo mundo acostuma com a própria aparência e tende a se achar normal, nem bonito nem feio. Eu sou meio diferentão, mas sempre achei minha graça”, diz o músico, ex-vocalista e guitarrista da banda Los Hermanos. O ator José Wilker, também citado pelas leitoras que já passaram dos 30, sabe que beleza está além de um rosto bonito: “Talvez eu tenha sido eleito pelas coisas que falo, não pela minha beleza”, palpita.

Os mais citados no concurso de feios, porém bonitos:

Da esq. para a dir.,Adrien Brody, Thom Yorke, Serge Gainsbourg, Mick Jagger, Nicolas Cage, Selton Mello, Sean Penn, Marcelo Camelo, Javier Bardem, Wagner Moura.

Vi na TPM

domingo, 25 de julho de 2010

Azeite, um aliado do coração



Conhecido há mais de cinco mil anos, o azeite era considerado por Hipócrates, o Pai da Medicina, não só alimento, mas um poderoso remédio. Na época, ele utilizava o óleo para tratar ferimentos e aliviar dores – o que sinalizava uma propriedade anti-inflamatória. Mas, nas últimas décadas, a substância oleosa extraída das azeitonas ganhou o status de aliada do coração.

Os alimentos ricos em gorduras saturadas e trans são altamente prejudiciais porque aumentam as chances do desenvolvimento da aterosclerose: acúmulo de placas de gordura nas artérias do coração e do cérebro, podendo levar a infarto e derrame.

"O consumo de azeite está associado a baixos níveis de colesterol ruim (LDL), aquele que prejudica o coração", explica o dr. Raul Dias Santos, cardiologista, consultor do Centro de Medicina Preventiva Einstein e professor livre docente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

O azeite também é rico em antioxidantes, como os polifenois, capazes de combater os radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento das células. O benefício? Efeito protetor contra uma série de doenças degenerativas, entre as quais a cardíaca.
Outra vantagem é a grande concentração de gordura monoinsaturada – a mais benéfica para o coração – por capturar o excesso de colesterol ruim em circulação no sangue. Se comparado a outros óleos, o azeite ganha disparado na quantidade dessa gordura: ela é responsável por 77% de sua composição contra 24% presentes no óleo de soja, um dos mais utilizados no Brasil.

Tipo extravirgem: o melhor

O campeão nas vantagens para a saúde é o azeite extravirgem. Pesquisas recentes identificaram mais uma qualidade sua: a possibilidade de aumentar o colesterol bom (HDL).

“As pesquisas mostram que o consumo usual ajuda a equilibrar os níveis de colesterol no sangue, ou seja, enquanto diminui o ruim, aumenta o bom”, explica o dr. Raul.

"Um atributo importante para determinar a qualidade do azeite é o grau de acidez, considerado um índice de qualidade em legislações como a da Anvisa", explica Rosana Raele, nutricionista do Centro de Medicina Preventiva Einstein. A relação é simples: quanto menor a acidez, maior a pureza e, por consequência, os benefícios à saúde.

O extravirgem é o mais puro dos azeites, com grau de acidez não superior a 1% para cada 100g. O tipo virgem chega a 2% de acidez por 100g e os que apresentam grau de acidez superior a 2% passaram por mais etapas durante a elaboração e, em geral, são misturados a outros óleos, como o de soja, o que diminuiu sua qualidade.

Consumo diário

Nos países do sul europeu, na região do Mediterrâneo, o azeite é a base da cozinha. Lá, esse ingrediente é utilizado no preparo de toda refeição – que contempla verduras, legumes, frutas e peixes – e não só para temperar as saladas, como acontece no Brasil.

"Do ponto de vista médico, essa é a dieta mais saudável por ser livre de gorduras prejudiciais ao organismo e, principalmente, por privilegiar alimentos benéficos como o peixe, o azeite e o vinho", defende o dr. Raul. Uma prova disso é a longevidade dos habitantes da região, que ultrapassam os 80 anos com baixos índices de problemas cardíacos.

Nesses países o consumo de azeite equivale a duas colheres de sopa por dia por habitante – que é a recomendação do Food and Drug Administration (FDA), órgão regulamentador americano, do setor alimentício e de medicamentos.

Um dos fatores que colabora para o consumo é a produção local. Boa parte do azeite consumido em todo o mundo vem de países como Espanha, Portugal e Itália. "Como não temos produção nacional, no Brasil o preço é alto e o azeite é deixado em segundo plano no nosso cardápio", comenta o cardiologista.

Como utilizar

"Uma boa dica é colocá-lo nas preparações frias e nas que têm aquecimento brando, como refogados e ensopados", ensina a nutricionista Rosana. O ingrediente não deve nunca ficar muito tempo no fogo. "Ao utilizar o azeite para cozinhar, alguns componentes importantes como os antioxidantes podem ser alterados, o que diminui seus benefícios", completa.

Extraído DAQUI

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Minha 'sombra de luz'...



Não sei explicar a razão, mas olho para a vida e vejo tudo pelo lado positivo. Não consigo agir de outra forma. Mesmo no meio do caos instalado, consigo ver “o copo meio cheio”. Mesmo quando estou malzão, deprimido e tal, percebo ao meu redor uma luzinha que insiste em brilhar. Não sei de onde ela vem, mas ela faz com que meus olhos vejam através das densas trevas e me guia por caminhos seguros.

Por ‘mais que tente’, não consigo sair fora de seu alcance. Ando pelo vale da sombra da morte, vejo mil caírem ao meu lado e dez mil à minha direita mas continuo avançando firme. É muito louco. Não é de mim entende? Não vem de mim. Não fiz nada de especial para que isso acontecesse comigo. Apenas vivo isso.

Fui alcançado por esta realidade praticamente tangível mas totalmente inexplicável. Algo pulsante, vibrante e ao mesmo tempo etérea, fluídica. Ela me cerca, me preenche, me protege, me acompanha. Não faço nada para ela estar ao meu lado. Mas ela está. Parece uma ‘sombra de luz’, que me acompanha em meus passos e não depende de mim, mesmo que ela me dê total liberdade para trilhar por onde desejo.

Sensação estranha esta. Estranha e confortante, pois rompe com os paradigmas da religiosidade, rompe com aquilo que fomos acostumados a crer que seria a vontade de um ser poderoso mas manipulador. Não, não é assim que ela age. Ela se move por caminhos misteriosos, como diria a música do U2, mas vinculada à minha vontade.

E esta então! Ela é minha por estar em mim, mas não age mais movida por meus pequenos desejos. Estranha e miraculosamente, passo a desejar algo excelente demais para partir de meu coração. Algo grandioso, mas revelado em pequenos detalhes do cotidiano. O ato de preparar um jantar, limpar o chão e ter o prazer de vê-lo brilhante e perfumado, ler, escrever, conversar, abraçar, abrir um email, dar um telefonema. Lá está ela, impregnando minha existência.

Viver isso é loucura para muitos. Tentar definir e postar para outros lerem então, soa como atestado de insanidade. Mas sou louco por ela. Neste momento ela está aqui comigo. Quente e confortável, como um mergulho no mar em águas mornas, um dia quente de verão. Sou levado por seus movimentos que embalam meu corpo. Envolve-me em suas carícias e me seduz com sua graça e leveza.

Qual é seu nome mesmo?

Graça?
Paz?
Sabedoria?
Espírito?
Sarayu*?

Não importa... Ela está aqui, e agora!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Rompendo com a Teologia da Prosperidade


Enquanto muitos intocáveis da prosperidade estão de cabelos em pé com os combatentes Blogueiros Apologéticos da Última Hora, José Bruno – ex bispo primaz da Igreja Renascer, ex braço direito de Estevam Hernandes – fundador há alguns meses da Casa da Rocha, desde então vem fazendo pregações bem destoantes do antigo lar.

No último domingo , ao encerrar uma série de estudos sobre as setes igrejas do Apocalipse, Laodicéia – a igreja morna, rica e corrompida – foi a carapuça que serviu com perfeição para Zé Bruno esculhambar – sem acusações específicas – a histérica, repulsiva e nefasta teologia da prosperidade que tem assolado a igreja evangélica brasileira.

Em sua exposição sui generis, as citações, em abundância, foram de Adorinan Barbosa a Karl Marx.

Trechos:

“pessoas que fazem da fé uma relação monetária e financeira com Deus”

“as igrejas precisam parar de pedir dinheiro!”

“se você amar a Deus, se você for fiel a Deus, eu não tenho que fazer nenhum apelo para você entregar dinheiro”

“a igreja dos dias de hoje trata tudo como mercadoria, tudo é moeda de troca”

“irmão empresário é mais importante que irmão pobre, é mais amigo do pastor”

Ouça o culto bombástico através do link do PavaBlog, pois eu não consegui colar o dito-cujo aqui (sou muito prego!)

Agora falo eu: SEMPRE gostei do ZÉ BRUNO e da banda RESGATE! Não conseguia entender como um homem de Deus como ele...

segunda-feira, 19 de julho de 2010

amar ao próximo COMO A TI MESMO.


“Mestre, qual é o grande mandamento na lei? Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas”. – Mateus 22.36-40

Amar uma pessoa que te possui, domina, escraviza, manipula... Como se fala sobre isso? Normalmente não se fala, somente se vive, se sente, se sofre, se anula, se martiriza e se morre sobre isso... Se morre disso sem ser salvador para ninguém. Se oferece num altar pagão qualquer como sacrifício a um deus corrompido e sanguinário, indiferente ao sofrimento de sua vítima.

Correr de um lado para outro, feito barata tonta, feito cachorrinho, lambendo os pés de seu dono e sendo chutado por isso, engolindo a dor e se alegrando com uma mísera migalha jogada em sua cara, coisa interpretada como um gesto de amor e que, na prática, não passa de uma artimanha pré-concebida para aumentar o poder de destruição emocional sobre o refém.

Refém de um seqüestrador de almas. Um buraco negro que suga a luz das pobres estrelas que circulam ao seu redor. Sombrio, rugindo ameaças entrecortadas de atos interpretados por seus reféns como de afeição para manipular seu fantoche (pois se não for assim, a vítima pode acordar do pesadelo).

Isso é amor? Prender uma pessoa por mero capricho ou medo de ficar sozinho com as amarras abomináveis do poder é amor? E aquele que crê que amar um ser assim realmente o ama? Eu penso que não; isso não é amor.

Tirar a alma de alguém e preencher o corpo de palha para que esta carcaça repouse numa estante qualquer, empoeirada, como um troféu de caça não é amor. É a relação entre um demônio e o possesso. É a relação entre aquele que paga para um feiticeiro trazer “o ser desejado” e o possesso, sabendo que aquele que ali está na verdade não está. Soa até como necrofilia, e não deixa de ser. Se relacionar com um cadáver. É isso mesmo.

Amar alguém envolve amor próprio. Amar alguém que te humilha publicamente, que pisa em você, acaba com você definitivamente não é amor.

Há como se libertar deste tipo de possessão? Sim, há. Entretanto é preciso coragem para romper com os grilhões. Enfrentar seu algoz, enfrentar os coniventes, que assistem o processo e acreditam que ‘é assim mesmo’. Romper com a religiosidade. Romper com velhos conceitos humanos e se aproximar daquele que é digno de ser amado incondicionalmente, e que não nos pede para vivermos ao seu lado como um zumbi.

Tudo começa no primeiro e maior de todos os mandamentos: Amar a Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento é a chave da libertação. Não existe maior prova de amor próprio do que amar a Deus. Amando a Deus verdadeiramente, você faz o maior ato de amor por você próprio.

Dessa forma, estamos prontos para avaliar qualquer situação que apareça pela frente e tomar as decisões corretas. Qualquer pessoa, demônio ou principado que se levante em nosso caminho perde seu poder de nos escravizar. Somos livres para amar. Amar ao próximo como a mim mesmo, que ama a Deus sobre todas as coisas. Lógica pura.

Quanto ao resto... chuta que é macumba, pois não se paga qualquer preço para ter alguém perto de nós, na boa...

Nota: O que escrevi são na verdade fragmentos de uma conversa com uma pessoa que está se anulando e sendo manipulada por outra. Não bati o último prego no caixão...

sexta-feira, 16 de julho de 2010

NEEMIAS - um dos maiores modelos de liderança que já existiu!



Através de um exaustivo trabalho, este homem liderou não apenas a reconstrução física de uma cidade, mas também a restauração espiritual de um povo, lidando sabiamente com a oposição ferrenha dos inimigos e as inevitáveis guerras espirituais que enfrenta aquele que está realizando uma obra de Deus.
Para tanto, ele se utilizou de 3 ferramentas básicas: oração, fé e trabalho.

Em primeiro lugar, Neemias era um homem de oração.
De torpedos (Ne2.4)até à oração mais longa registrada na Bíblia (Ne9), ele orou em confissão e arrependimento; em louvor e adoração; em súplica na fraqueza; e em petição.
Acima de tudo, ele desejava mais a aprovação de Deus do que de homens.
Já ouvi algumas pessoas “religiosas” falarem:
- “Não tem como misturar Deus com empreendimentos”,
Ou
- “Como assim, vida espiritual e negócios?!”
A clara visão que tenho é que não há como dissociar Deus disso ou daquilo na minha vida. Afinal, Ele está no controle de tudo.
Pelo contrário: hoje eu não consigo visualizar uma forma de “NÃO MISTURAR”.
Aliás, seria pretensão minha ousar alcançar essa façanha!
Ora, Deus está presente em TUDO. Não há como desvincular.
E é justamente por esse des –vínculo que sofremos avarias nas nossas jornadas; por causa dessa tremenda “dificuldade” em manter o equilíbrio adequado entre o controle soberano de Deus sobre o Universo e a nossa responsabilidade humana.

A verdade é que, como temos uma enorme atração pelos extremos, geralmente oramos e “deixamos nas mãos de Deus” ou então procuramos resolver pelas nossas próprias forças.

Quando Neemias, indagado pelo rei, fez sua oração expressa, (2:4,5) não imaginava receber mais do que pedira: além de permissão para ir, e também para atravessar todos as fronteiras sem problemas, ainda foi escoltado por oficiais do Rei! (Ne 2.9)

Essa é a maior lição que aprendemos com Neemias: a inabalável confiança em Deus!
Ele nos dá uma aula completa de liderança, restaurando não apenas os muros, mas também a vida espiritual, social e econômica do seu povo, expondo, em princípio, uma qualidade imprescindível em um líder - nobreza de caráter – já que não era uma tarefa de cunho particular, considerando ainda, que junto ao rei ele levava uma vida muito confortável.
E mesmo sabendo que durante quase 150 anos ninguém fora capaz de realizar aquela tarefa e que iria enfrentar enorme oposição (2.10), ainda assim não esmoreceu!

Seu maior desafio, na verdade, foi enfrentar um povo cabisbaixo, desanimado. (2.17) E, apesar do confronto inicial (2.19) ele conseguiu transformar o desespero em esperança, transmitindo-lhes confiança, pois a poderosa mão de Deus estava com ele.
E aí vem aquele questionamento anterior: a capacidade dada por Deus e a realização humana para cumprir tarefas ante uma visão equilibrada de ação, precaução e confiança.
E assim, foi dado início a um grande mutirão.(2.18)
Estrategicamente, Neemias determinou que as pessoas trabalhassem “defronte de suas casas”, o que incentivava cada um a fazer um bom trabalho, visto que beneficiaria a si mesmo e à própria família, influenciando inclusive, na rapidez com que os muros iam sendo levantados; também delegou poderes aos que moravam mais distante(3:2,5,7). Foram distribuídas tarefas mais específicas, como foi o caso da tarefa especial no cap3 versículo1, que apesar de não haver evidências ilustrativas, trata-se de uma tarefa exclusiva para aquelas pessoas, já que era através daquela porta que os animais eram trazidos ao templo para o sacrifício referente à antiga aliança. (ler Levíticos).
Num tremendo desafio que levantou pessoas de todas as idades- inclusive mulheres- e pessoas com experiências de vida as mais diversas, ele conseguiu desenvolver um trabalho cooperativo super-eficaz, convocando até os maiorais, líderes de grande respeito que ocupavam grandes posições. ( Ne 3: 9,12,14,19 )
Outro ponto que o qualificava como líder era o mesmo conhecer a todos pelo nome. (Cap3).
Algo também me chama à atenção de maneira muito forte: a disposição das pessoas em equipes, grupos, ou, no mínimo, um auxiliar, pois Neemias sabia que um trabalho exaustivo traria desânimo em dado momento, então sabiamente, ele assim planejou, de modo que uns se apoiassem em outros.
Observe-se o número de expressões que indicam proximidade no capítulo 3:
junto a ele, junto deste, junto a estes, junto deste, ao seu lado, a cujo lado, etc.
Aliás, poucos líderes tiveram sucesso agindo sozinhos. Moisés tinha Arão ao seu lado, e mais tarde, Josué. Josué tinha a Calebe; Elias tinha a Eliseu; Pedro tinha a João. Paulo tinha a Barnabé e mais tarde, Silas.
Com Neemias não foi diferente. Foi Esdras quem preparou o caminho para o sucesso alcançado por ele, utilizando não pedras ou tijolos, mas a Lei de Deus. (Ed 7.10)
Sem essa preparação espiritual, não haveria a reconstrução do muro!
Numa clara e efetiva demonstração de que os princípios usados em sua vida foram profundos, poderosos e práticos, esse grande homem de oração realiza sua tarefa em meio a enorme adversidade, marcada por opressões e ciladas de inimigos que tentavam dissuadir o povo, apontando para a difícil tarefa à frente ( cap 4), usando de inúmeras táticas que iam de pressão psicológica (4:1,2) a planos de ataques físicos, preparados se não para tirar a vida de Neemias, pelo menos para comprometer sua eficiência como líder (Ne 6.2,13 – ver Nm18.7) e assim enfraquecer e destruir o trabalho, como já havia acontecido em tentativa anterior. ( Ed 4)

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Extraído do livro: Neemias- um modelo de liderança - Gene Getz.
E da bíblia de estudos: A Bíblia da Mulher –Ed Mundo Cristão-SBB
(Texto adaptado pela bispa RF)

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Movimento anti-casulo

Amor é decisão, é compromisso, é dedicação, é envolvimento.


Ao ler a primeira carta de Paulo escrita para o recém formado grupo de cristãos em Tessalonica, me deparei com algumas declarações de amor embutidas e alguns questionamentos foram inevitáveis.

Consigo sentir a emoção de Paulo ao dizer que sempre lembra com carinho e ora por aqueles que um dia precisou abandonar tão precocemente, Lucas descreve o entrevero no livro de Atos capitulo 17.

Ao receber noticias daquele grupo formado na cidade portuária, fruto de sua segunda viagem missionária, Paulo escreve fazendo recomendações, orientando sobre "as coisas dos últimos dias", sobre os mortos, enfim todas as questões que naquele momento inquietavam os irmãos que sofriam perseguição.

No entanto, o que me pegou foi o entendimento de que, mais do que uma carta escatológica ali estava uma carta que expressa amor e cuidado. No cap 2 e ver 8 vem o "golpe" que me derrubou:

"Assim nós, sendo-vos tão afeiçoados, de boa vontade quiséramos comunicar-vos, não somente o evangelho de Deus, mas ainda as nossas próprias almas; porquanto nos éreis muito queridos."

Fiquei aflita para entender o que Paulo quis dizer com "comunicar nossas almas", afinal os filósofos gregos não tinham consenso a respeito da alma, suas funções e características.

Entendi que ele quis dizer o óbvio, existia naquele momento a necessidade de compartilhamento de anseios, desejos, aflições, medos, alegrias, amores, enfim tudo aquilo que denominamos pertencer a alma.

Não temos tempo, nem condição para fazer isto dentro das igrejas, ou em nossas reuniões, dificilmente compartilhamos algo além da persona de bom crente, limpinho e bom pagador das dividas. Persona que se encontra amalgamada ao eu, de forma que não há diferenciação. Os mestres tem muito a oferecer em termos de suas solidas teologias, mas pouco tocam outras almas.

Criamos casulos e nos chamamos de irmãos por pura convenção, hábito. Não estamos dispostos para nada mais do que um escandaloso "A Paz do Senhor, meu irmão" "Graça e Paz" ou "Paz de Deus", ao gosto do freguês.

Este seria o caminho inverso do desejado e arquitetado pelo Pai, basta ver o que Filho ensinou.

Em João 13, Jesus está prestes a trilhar a estrada da morte e ainda se detém para oferecer aos discípulos amados (sim ele os amou até o fim!! No versículo 1, vejo o quanto havia afeição e carinho por aqueles homens) um derradeiro ensinamento.

Ele tira a capa, envolve a cintura como uma toalha, enche uma bacia com água, manda a galera sentar, lava e enxuga os pés dos discípulos.

O ritual normal para a entrada em qualquer ambiente se tornou dinâmica de grupo Divina.

Ele amou didaticamente.

Não estamos falando de qualquer pezinho frequentador de pedicure semanal, mas sim do pé palestino, sujo, cascudo, feridento e mal cheiroso.

Ele vai além e diz que assim como Ele fez devemos fazer. Saberão que somos discípulos se assim o fizermos. E mais, seremos felizes se colocarmos em prática aquilo que aprendemos com o Mestre.

O segredo da cura está na disposição para sermos instrumentos de cura para outro, quando lavo seu pé, meu pé será lavado.

Não descerá anjo ou qualquer outra entidade para fazer o serviço, pois cabe a mim fazê-lo.

Quebro meu casulo, dessa forma me aproximo o suficiente para ver realmente aquele que se apresenta a minha frente. Interessante que a palavra grega para alma também é usada para borboleta, aquele bichinho lindo que sai do casulo.

Jesus finaliza dizendo que quem receber aquele que Ele enviou, o recebe, assim como recebe o Pai que O enviou.

Aceito como verdade para minha existência que o milagre está mais nas minhas mãos do que eu imaginava.

Extraído DAQUI

terça-feira, 13 de julho de 2010

Ah não, este cara não pode se converter!



“E Jesus, tendo ouvido isto, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento.”
Marcos 2.17

Constantemente ouço incrédulos zombando da Graça de Deus, manifestada no supremo sacrifício de Jesus no Calvário. Pessoas que cospem na Cruz, ridicularizam o arrependimento, menosprezam os “fracos” que entregam os pontos, cedem às evidências, pedem arrego e caem aos pés do Único capaz de expurgar a multidão de pecados cometidos pela humanidade: Jesus Cristo.

Digo isso porque sempre que acontece um caso bizarro como este do goleiro Bruno que, ao se entregar pra polícia, pediu uma Bíblia e foi visto ‘rezando’ ajoelhado antes de passar sua primeira noite na cadeia, começam as piadinhas dos incrédulos que se gabam em despejar sua verborragia desprovida de conhecimento e discernimento do que significa GRAÇA. Dizem eles: “ó lá, o safado pediu uma Bíblia e agora tá rezando! Agora deu! Vai dizer que é crente!”

Meu estômago embrulha. Tenho vontade de rebater as frases de efeito dos pseudos porta-vozes desse estranho deus na Terra, mas opto por me calar. Dentro de mim uma voz me diz: “Calma João, não lance pérola aos porcos. Guarde as balas para usar na hora certa. Já não te ouviram por diversas vezes. Na verdade, pediram para você não se manifestar mais, pois eles já tinham ‘religião’. Ajude quem quiser ser ajudado..."

Com isso, não quero dizer que acredito que todo mundo que aparentemente se mostra arrependido ou, ao menos, inclinado para isso, realmente se arrependeu. MAS... será eu quem fará o julgamento? Prefiro crer que em algum momento da vida de um pecador alguém lançou uma sementinha que precisou morrer para em um determinado momento começasse a germinar, botar "a carinha" de fora...

Por enquanto estou assistindo tristemente todos os fatos. Neste caso, temos um ato hediondo, premeditado, abominável. Todos estão em estado de choque, inclusive eu. MAS, sempre o bendito MAS, quem sabe o que se passa no coração do homem, a não ser Deus? Será que agora que a casa caiu feio, uma palavra ouvida em algum momento da vida do jovem e promissor goleiro não esteja ardendo em seu peito?

Sei que, até no meio considerado cristão, tem gente que consciente ou inconscientemente TORCE CONTRA gente assim se converter. Imagina só você ver sentado ao seu lado no seu confortável banco de igreja devidamente polido com sua bundinha que mamãe passou talquinho desde bebê, um ex-bandido miserável e repugnante, daqueles que a opinião pública prefeririam que tivesse reagido no ato da prisão para agora se encontrar morto, cheio de bala no meio dos chifres?

Falo isso por já ter testemunhado esse tipo de situação várias vezes. E nem precisa ser o bandido, basta um maltrapilho sentar ao lado de certas pessoas na igreja para notar a repugnância do ‘irmão’.

Caso sério esse. Deus não faz, mas muitos de nós fazemos acepção de pessoas.

Podem ter certeza: Tem gente pedindo a um deus qualquer aí que gente como este jovem de 25 anos não se converta.

Eu pessoalmente aguardo os fatos, orando para que haja arrependimento e perdão.

Quanto aos que pensam diferente de mim, não se esqueçam que um dia precisarão ardentemente da GRAÇA.

Um vazio no cenário musical

Paulo Moura (1932–2010)

Uma forte rajada sobre a cidade do Rio de Janeiro anunciava à noite o desfecho de uma lenta agonia...

No sábado, dia 10 de julho, Paulo Moura ainda conseguiu reunir forças para tocar uma última música – "Doce de Côco", de Jacob do Bandolim e Hermínio Bello de Carvalho – com seu parceiro de longa data Wagner Tiso, ao lado de sua mulher Halina, o filho Domingos, o sobrinho Gabriel, amigos e admiradores, e alguns pacientes da Clínica São Vicente, maravilhados com aquela inusitada e comovente celebração musical, organizada pelos músicos Cliff Korman e Humberto Araújo.

Uma réstia de sol fazia da exuberante folhagem de jaqueiras um cintilante cenário para a varanda do hospital. O maestro, sereno e sorridente, vestia uma camisa azul e cobria as pernas inchadas e inertes com um manto púpura.
Lembrei-me da última estrofe de um poema que lhe dediquei alguns anos atrás, homenagem diminuta e insuficiente frente à imensa alegria que sua música me proporcionara e ao doce convívio que tive o privilégio de gozar:

mistura e manda
o maestro
pra lá
das bandas
do rio
preto:
aéreo conduz
e sopra
por onde zoar
o pássaro azul
púrpura

Ele se foi na calada da noite, sua memória, no entanto, não há de se calar jamais em nossos corações e ouvidos. Paulo Moura não passou, não passará: virou pássaro alvissareiro... para todos e para sempre.

André Vallias
Rio, 13 de julho de 2010



Definitavamente um dos principais nomes da musica instrumental brasileira, talentoso, genial, reconhecido internacionalmente, mas por estas bandas pouco se falou dele. Tenho um amigo que diz, que se Pixinguinha e Paulo Moura não fossem brasileiros mas nascidos Austriacos, feriados nacionais seriam decretados, o mínimo em termos de homenagem. A música "Linda como você" marcou um certo momento romântico que vivi.
Clarinete e saxofone são meus instrumentos favoritos e tive a oportunidade de ouvir Paulo
Moura em sua turne homenageando Tom Jobim, como foi prazeroso vê-lo dedicando a estes instrumentos um tratamento tão nobre.

Agradeço por estes momentos.

Paulo Moura deixa saudades.


Postado por Adriana

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Infarto Feminino




"...Ela comentou que não se sentia bem. ...doíam as costas.... Foi deitar-se um pouco até que passasse... Mais tarde, quando fui ver como ela estava, a encontrei sem respiração... Não foi possível fazer a ressucitação" -  falou o marido ao médico já no Hospital.

Ataques cardíacos em mulheres são diferentes, como na descrição acima. Eles raramente apresentam os mesmos sintomas 'dramáticos' que anunciam o infarto nos homens, como a dor intensa no peito, o suor frio e o desfalecimento (desmaio, perda de consciência) súbito que eles sofrem e que são representados em muitos filmes.

A versão feminina do infarto narrada por uma mulher:

"Eu tive um ataque do coração por volta de 22h30min, sem haver feito nenhum esforço físico exagerado nem haver sofrido nenhum trauma emocional que pudesse desencadeá-lo. Estava sentada, bem agasalhada, vendo novela.

Senti uma horrível sensação de indigestão, como quando comemos um sanduíche com pressa, engolindo-o com um pouco de água. Essa foi minha sensação inicial... O único problema era que eu não havia comido nada desde as cindo da tarde.

Depois, desapareceu essa sensação e senti como se alguém me apertasse a coluna vertebral (pensando bem, agora acredito que eram espasmos em minha aorta).

Logo, a pressão começou a avançar para o meu esterno, o osso de onde nascem as costelas no peito. O processo continuou até que a pressão subiu à garganta e a sensação correu, então, até alcançar meu queixo. Tirei os pés do puff e tentei de ir até o telefone, mas caí no chão...

Me levantei me apoiando em uma cadeira e caminhei devagar até o telefone para chamar a emergência. Disse ao telefone que acreditava que estava tendo um ataque cardíaco e descrevi meus sintomas.

Tratando de manter a calma, informei o que se passava comigo. Eles me disseram que viriam imediatamente e me aconselharam a deitar-me perto da porta, depois de destrancá-la para que pudessem entrar e me localizar rapidamente.

Segui as instruções, me deitei no chão e, quase imediatamente, perdi os sentidos.

Acordei com o cardiologista me informando que havia introduzido um pequeno balão em minha artéria femural para instalar dois 'stents' que manteriam funcionando minha artéria coronária do lado direito.

Graças a minhas explicações os médicos já estavam esperando prontos para atender-me adequadamente quando cheguei ao hospital."

Dicas importantes:

1. Estatísticas indicam que mais mulheres do que homens morrem quando ocorre o primeiro ataque cardíaco porque não identificam os sintomas ou os confundem com os de uma indigestão.

Ao sentir que seu corpo experimenta algo estranho chame uma ambulância. Cada um conhece o estado normal de seu corpo. Mais vale uma 'falsa emergência' do que não atrever-se a chamar e perder a vida...

2. O tempo é importante, e as informações precisas também.

3. Não acredite que não podem sofrer um ataque cardíaco só porque seu colesterol é normal ou 'nunca tiveram problemas cardíacos'...

As mulheres que estão entrando ou já entraram na menopausa perdem a proteção que lhes brindava os estrogênios e por isso correm mais riscos de sofrer problemas cardíacos do que os homens.

(Ninguém me cobre fonte, recebi assim por e-mail :P)

Será que somos Cristãos?


Os evangélicos crêem que foram salvos pela graça, por meio da fé (Efésios 2.8-9), mas então acrescentam uma renúncia, feita por homens, de que você tem de trabalhar o mais duro que puder para corresponder a padrões de comportamento de classe média. Isso parece oposto ao que o Evangelho diz, onde, entre os muitos ensinos de Jesus sobre o serviço, os últimos se tornam os primeiros. É um Reino às avessas, que contraria o que parece ser a ordem natural dos primeiros e dos melhores vencendo. A igreja, portanto, deveria se opor radicalmente a essa síndrome do sucesso.

Isso parece ter afetado Bono. Outra estranha sutileza sobre a igreja é a de que ela possui qualidades especificas que indicam se você é ou não um “acrobata”. Estas qualidades, normalmente, tem a ver com não falar palavrão, não fumar e não beber. Por alguma razão, há alguns ensinos bíblicos que não são – mas talvez devessem ser – muito valorizados. Por exemplo: avareza materialista, discriminação preconceituosa, a opressão às mulheres ou a negligência, quanto à justiça social. Talvez você possa ignorar muitos dos discursos à ação de Cristo e dos profetas, e porque você seja abstêmio, menos eloqüente em sua linguagem e freqüente a igreja duas vezes por semana, seja declarado espiritualmente saudável.

Bono fala da graça como sendo o grande atrativo do Cristianismo. Ele então diz que gostaria de ser um cristão, mas não poderia jamais estar à altura, ou que é um mau exemplo para o Cristianismo. Ou ele está tentando evitar que a imprensa o rotule ou está enganado sobre o que seja um cristão. Assim como seus críticos, ele deixa de seguir a Jesus de modo comprometido e radical quando faz coisas como dar uma enorme quantidade de seu tempo ao Jubileu 2000. Ele adiou compromissos e o lançamento de seu novo disco mais de um ano para tentar livrar o Terceiro Mundo de dívidas que comprometem seu crescimento, para dar novo ânimo aos pobres e a restaurar a igualdade e a justiça no mundo.

E ele diz que não é um bom exemplo de cristão.


Jesus não disse que os bodes fumavam, bebiam ou falavam muitos palavrões. Ele disse que eles não se envolveram em prol das mudanças nas condições de vida de marginalizados ao alimentá-los quando estavam com fome, ou visitá-los na prisão. Estas eram as questões do Reino de Deus.

Quando se trata do dilema dos complexos de culpa de católicos e protestantes, é necessário lembrar que Bono tem ambas as heranças e, ao mesmo tempo, nenhuma delas. Ele tem falado de modo consistente sobre como despreza a religião, mas é um grande discípulo de Cristo. Para Bono, The Edge e Larry, o Deus que encontraram e com o qual têm caminhado em sua maravilhosa estrada é um Deus maior de que a igreja ou que as fronteiras religiosas. Eles O descobriram fora das camisas-de-força da religião tradicional e têm continuado a enxergá-lo como um Deus cada vez maior.

Trecho de Walk On – A Jornada Espiritual do U2 – págs. 68-70 – Esteve Stockman – W4 Editora

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Acabei de ler "A Metamorfose" de Franz Kafka...


“Propôs-lhes então uma parábola, dizendo: O campo de um homem rico produzira com abundância; e ele arrazoava consigo, dizendo: Que farei? Pois não tenho onde recolher os meus frutos. Disse então: Farei isto: derribarei os meus celeiros e edificarei outros maiores, e ali recolherei todos os meus cereais e os meus bens; e direi à minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe, regala-te. Mas Deus lhe disse: Insensato, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus".
Lucas 12:16-21

Estou em estado de choque. Acabei de ler A Metamorfose de Franz Kafka...

Imagine você, ser humano em domínio pleno de suas faculdades mentais, boa saúde e aparência, cidadão respeitável, familiar, próspero ir dormir tranquilamente e acordar transformado em um inseto horrendo?

Sua surpresa ao descobrir que você não é mais você, tendo se transformado em uma aberração aos seus olhos e aos olhos de seus amados? Imagine sua vida dando uma guinada de 180 graus, fazendo com que tudo aquilo que você antes tinha total liberdade e habilidade para fazer agora se torna praticamente impossível?

Seu corpo mudou, suas percepções também. Levanta-se diante de você uma imensidão de impossibilidades para atividades corriqueiras. Fora a aversão que, com o passar do tempo, torna-se em piedade. Você vira um peso para todos os que te cercam. No início os mais amorosos lutarão contra a repulsa e tentarão de ajudar. Sem saber exatamente como cuidar de você, farão de tudo para suprir suas necessidades básicas.

Outros acharão que você se bestializou não somente por fora, mas também por dentro. Só que você continua mantendo a mesma essência, só que não consegue exteriorizá-la devido a sua situação. Te tratarão com ódio e rancor, pois inconscientemente te cobrarão por você não ser mais o mesmo de antes. Quem te autorizou a ser outro? Como você se permitiu chegar ao estado que se encontra no momento? Quanto tempo isso tudo vai durar?

Só que eles não sabem que você está lá, sua alma é a mesma, seu cérebro continua funcionando, você continua entendendo tudo o que se passa ao redor. Tudo o que estão falando com você ou de você está entrando dentro de você e te machucando. Como seria bom que aquilo que você se transformou fosse apenas passageiro! Mas com o tempo você é obrigado a se adaptar à sua nova situação.

Não adianta tentar falar, ninguém vai te entender. Não adianta lutar contra os fatos, você não tem forças para mudar a situação. A triste alternativa é se render, permitir se transformar por dentro naquilo que você agora é por fora. Assim, você vai de encontro à necessidade inconsciente daqueles que não querem olhar mais para o seu exterior, tendo a obrigação de tentar ver quem você realmente sempre foi.

O processo de bestialização avança, você se entregou à sua nova natureza. Pronto, todos aqueles que, em respeito a quem você foi, aceitaram sua mudança, agora podem ficar livres da responsabilidade de te amar. Agora você é um intruso, motivo de vergonha, um peso morto que ninguém mais quer carregar. Começam a te agredir, você perde as forças e se entrega aos fatos: Você agora é uma aberração.

Pensa em fugir, mas se encontra ferido e debilitado. Ferido por aqueles que antes de amavam. Os outros não importam. Somente seus amados tem o poder de te ferir como você se encontra atualmente. Entrega os pontos. Se recusa a viver, deixa de lado as necessidades básicas de higiene, saúde, alimentação. Se eu sou o que os meus amados dizem que sou, não vale a pena mais viver.

As feridas abertas agora te apodrecem. Você cambaleia, agoniza e morre. Todos agora estão livres para dar andamento à vida. Você se torna uma vaga lembrança, um sonho ruim. Mas acabou. Todos estão aliviados.

Deve ser isso o que sentem todos aqueles nossos amados que, por um acaso do destino, hoje se encontram em uma UTI, vivendo em coma vegetativa, ou tetraplégico em uma cama, amputado, cego, louco ou - apenas - desempregado, sentindo que se tornou um peso para a família...


Que nós, os que estamos “perfeitos”, sejamos alvo da graça e misericórdia do Pai. Que recebamos dEle amor, sabedoria e discernimento para lidar com todos aqueles que se transformaram naquilo que nenhum de nós gostaríamos de nos transformar. Que guardemos em nossos corações as palavras de alerta do Senhor a João à Igreja de Laodicéia:

“Porquanto dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu; aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças; e vestes brancas, para que te vistas, e não seja manifesta a vergonha da tua nudez; e colírio, a fim de ungires os teus olhos, para que vejas”. – Apocalipse 3:17-18

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Confissões de um pastora (ex neo-pentecostal) parte II


Hoje tenho uma relação mais sadia com a igreja-instituição. O que me liga a ela é algo de outra dimensão, não mais a necessidade de ser aceita no clube "dos amados por Deus" ou no clube dos "não sou o Jim Carrey mas conheço o Todo poderoso, pra caramba". Não me fixo a nenhum padrão que estabeleça Deus como ídolo, lugares sagrados não fazem nenhum sentido. Ele tabernaculou!!! Fim de papo.
Tenho respirado o ar mais que puro, pois tenho encontrado Cristo fora do portão e do padrão.
Comento com meu marido que estou em processo de desintoxicação, porque outrora este tipo de relação me foi necessária, neste muitos anos de cativeiro de pedra, doutrinada desde o nascimento a crer e pensar assim.
Sim , eu precisei dos grilhões!
Existe um pai-nosso bem peculiar nesta instituição que, mais parece um kinder ovo, por fora é um simples ovo mas por dentro, quanta surpresa.
Se vestir a carater é essencial mas ter carater é dispensável neste jogo de cartas marcadas. Como são respeitáveis os paletós e gravatas!! Estes adquiridos na exploração da generosidade filha bastarda da barganha.
Os beneficiados dos tais "presentes divinos" parecem viciados e quase sempre criam situações mantenedoras desta compreensão de que, há seres mais queridos por Deus e portanto vamos honrá-los, e de preferência, presentea-los.
Se você trilhou este atalho mal feito, sabe do que falo.
Eu entendo que muitos precisam demais deste esquema para se sentirem "alguém". Se valem de seu carisma, poder de persuasão, manifestam as identificações com a personalidade mana, processo descritos por Jung.
Em que outro lugar tal pessoa teria destaque, senão fosse neste cabide de empregos na empresa dos "cegos"? Não, apenas neste ambiente, muitos tem o espaço que sempre sonharam. O sonho de poder para se sentir gente.
Eu achava complicado questionar os exploradores porque muitas vezes eles se consideram uma casta diferenciada, de uma classe especial que deve receber favores dos outros "porque Deus quer assim".
O ungido pode fazer quase tudo, e ai daquele que tocar nele e blábláblá.
A mentira é o meio pelo qual se chega aos fins, sem constrangimento, pois se faz necessário a sobrevivencia do esquema que leva o nome de Deus e que alimenta bocas com o pão do abuso psicológico.
O "pão nosso" é o salário do corporativismo.
Uma igreja não fecha porque o homem decidiu que não vai fechar, mesmo que Deus não seja, verdadeiramente, invocado nestas quatro paredes.
Sou estudiosa das deformidades da personalidade e o sentimento de onipotência que o negocio da fé acaba gerando na cabeça do homem simples e ordinário é algo fascinante. Estive debaixo da "cobertura" de gente muito deformada, que poderiam viver suas deformidades mas jamais deveriam impô-las.
Não há ninguém que diga: o "rei está nu!", pois tudo é bem alinhavado dentro da perspectiva da aprovação divina. Afinal, você topa questionar o Altíssimo? Se você é levado a crer que Ele é um menino tirano que precisa ser acalmado feito um deus pagão, claro que você não fará nada a respeito.
Dessa forma, nos tornamos peças da engrenagem, corporativistas passivos, ligados ao ambiente da institucionalidade, por fé, que na maioria da vezes é sincera.
Sim, eu disse "amém" para o esquemão dos cegos guiando cegos, que não entram nem deixam entrar.
A confissão me traz cura.
Romper não é fácil , mas é possível.
Viver é preciso.Viver é decisão.
Só há Um no qual há vida, e não é pouco não, é abundante.




terça-feira, 6 de julho de 2010

Auto-Estima, Activia e Johnnie Walker não fazem mal a ninguém!

Eu sou pequeno, frágil, pecador, limitado, inconstante, chato, rabugento, sistemático, facilmente levado aos extremos das emoções... Mas gosto de mim. Gosto por saber de minhas limitações. Apesar da "foto" ao lado, não tenho uma visão pessoal distorcida. Isso faz com que eu também saiba de meu valor.

Jogo limpo. Minhas intenções são boas. Nunca ferrei ninguém, pelo contrário, houve diversas ocasiões que coloquei o meu na reta para salvar pessoas que eram mais fracas que eu e não saberiam suportar a pressão de suas falhas.

Se aconteceu de alguma vez alguém ter sido prejudicado por alguma posição tomada por mim, certamente não foi por eu ter agido assim com a intenção de gerar o mal. Isso me faz bem. Procurar ser íntegro perante Deus e perante os homens tem sido minha bússola, meu estilo de vida.

Quantas vezes pelo caminho deixei pessoas tristes comigo? Foram várias, mas sempre pelo fato de decepcioná-las em relação ao que elas esperassem que eu fosse, e não por eu ser quem eu sou. Quem se aproxima de mim e passa a me conhecer não tem grandes surpresas. As que acontecem normalmente são boas. Agora, não esperem de mim um sorriso falso, palavras doces para encobrir minha posição real perante os fatos.

Inúmeras situações eu vivi às quais vieram me perguntar o que eu achava sobre um assunto qualquer ou de determinada atitude que eles tinham tomado. Aprendi a responder “quer saber mesmo ou você só está perguntando”?

Com isso queria dizer que poderia ser “genérico” em minha resposta ou então ir fundo e discutir o assunto com seriedade. Mas nem todos estão preparados para uma discussão neste nível. E eu odeio ser simplista, assim como odeio simplismos. Não tolero aqueles papos vagos do tipo “e ai meu brother, está tudo bem”?, esperando uma resposta positiva. Se estiver tudo bem está tudo bem, mas se não estiver não estará. Aí cabe minha resposta: “Quer saber mesmo”?

Por isso vejo que muita gente se afasta de mim. Chamo isso de seleção natural. Não quero ser super pop. Não quero ser aceito por aqueles que nada de proveitoso (no bom sentido) tem a me dar. Parece indelicado mas não é. Quero dizer com isso que não pago qualquer preço para manter uma relação alicerçada na areia. Gosto de cavar fundo. Gosto de saber onde vou pisar. Cansei de relacionamentos “areia movediça”. Quando você dá conta, está atolado até o fim, sem conseguir se safar.

Não, basta! Quero paz. Quero poder contar meus amigos nos dedos das mãos. Não preciso ter um milhão de amigos no Orkut por exemplo. Pessoas que me adicionam pelo fato de ter uma foto minha de costas com uma tatuagem animal. Pessoas que querem passar por populares. Não participarei de rodas de pessoas que se alimentam de pessoas. Nunca andarei na direção das multidões. Sou doce e amargo, macio e áspero, delicioso e intragável. Não há como me comer com ketchup e mostarda. Sou um prato sofisticado.

Por que estou escrevendo tudo isso? É que ontem a noite estava falando sobre auto-estima com um conhecido meu. E isso eu tenho de sobra. Eu me amo, por isso posso amar os outros. E meu amor é firme, duro e penetrante. Sou como uma espada de dois gumes. Vou no fundo, cortando, tirando fora o que não vale a pena ser mantido.

Na sociedade de hoje não considero fácil gostar de gente assim.

Base bíblica? Basta uma: "Daqui em diante ninguém me moleste; porque eu trago no meu corpo as marcas de Jesus". - Gálatas 6:17

Na boa? Tomei Activia com Johnnie Walker para eles...

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Confissões de uma pastora (ex-neopentecostal) - parte 1

Quem sou Eu? Taí a pergunta.
Posso dizer que, estou "em construção".
Ele assim o quer, e eu aceito de boa, porque sei que preciso e assim o é.

Eu me curvo diante de Ti. Não tens inimigos , não tens adversários!!

Pedaço de Barro não discute, bom, até discute, mas sempre está errado de alguma forma, a perspectiva humana é nanica, falha, limitada, o amigo Jó é exemplo.
Confirmo, que estou livre de casulos ilusionários e habitáculos escravocratas. Como diz o ditado "enquanto existir cavalo são jorge não fica a pé" , outro diz, "o palhaço só faz sucesso por conta da platéia", pois é mano, os tais que peguem um taxi e encontrem outros fregueses, pior que facilmente encontrarão, é fato.

A ficha caiu!!

Não podemos fazer absolutamente nada para merecer e desfrutar do Amor Dele. Está feito!!

Ele me tirou do império das trevas e me transportou para o reino do Filho do seu amor, isto vale para quem acreditar.
Hoje posso dizer que "matrix" foi pra não mais voltar, alivio, é a palavra que descreve com perfeição o sentimento que me invade.
Estar do lado dos poderosos e de seus podres poderes eclesiasticos é algo que corroe, infla o ego e vicia. Eu estive no "lado negro da força", o cálice da barganha embriaga e intorpece.
Não sou melhor que nenhum deles, não vou malhar o Judas e dedo em riste está envergonhado, pois minha alma se enamorou do sórdido travestido de "dons".

Ele me ofereceu a pilula vermelha, tomei rapidinho.....E não é que a Verdade liberta mesmo!! Liberta, inclusive do novelo tecido pela confraria da mentira, liberta da maçonaria gospel.
Já negociei e fiz muitas concessões, mas hoje, não negocio com aquilo que está posto e não está firmando na Pedra de esquina, inclusive pode pular, sapatear, falar variedade de linguas esquisitas, levitar, fazer milagre e esbravejar revelamentos, a referência é só uma, fundamento único na qual apoio tudo o que sou, Ele referência para tudo!!
Sobre o que escrevo aqui, você pode pensar várias coisas, depende muito de suas projeções, suas convicções, fique a vontade. Não fico incomodada com a discordância.
Quer me chamar por algum tiítulo? Antes saiba que rejeito qualquer aliança com o cardinalato instítuido pela megalomania humana. A hierarquia de unção é coisa da cabeça e do coração de alguns. Ela vem na cor e no tamanho da necessidade psicológica do doidinho(a).
Alguns criaram conforme sua imagem e semelhança, verdadeiros templos de adoração ao umbigo e tem uma hora que você precisa escolher a quem quer servir.
Como sou "desviada" da igreja do deus gospel e suas deusas-mães, não me encaixo nos esquemas moldadores de soldados subservientes. Não tente.
É um desabafo indigesto?
Não me tenha como revoltada ou rebelde, lembre-se eu estou "em construção".

Corpo de Atleta


Por: Claudia Ramos
Fonte: Revista UMA/ed.113

Ter um corpo perfeito com índice de gordura baixo não é fácil. Quem vê os atletas profissionais em ação e suspira, imaginando-se com um físico igual, sem nenhum pneuzinho, nem imagina os sacrifícios que eles fazem. São horas e mais horas de treinos puxados, alimentação regrada e lazer quase zero. Lógico que não é preciso seguir algo assim, afinal, a intenção não é virar um atleta olímpico, apenas ter um corpo definido, daqueles típicos de desportista, o que é possível de se conseguir. Bastam ter três mandamentos em mente: determinação; regularidade; e uma boa orientação.

Claro, nada disso se adquire da noite para o dia. Assim, esqueça-se da ideia de recuperar os anos de sedentarismo, saindo por aí e correndo de qualquer jeito. O importante é ouvir os especialistas no assunto e não tentar fazer nada sozinho. Respeitar os limites do próprio corpo é essencial.

TESTE:
Que atividade física mais combina com você?

O tempo é rei


“Corpo em forma, como o de um atleta, é aquele pronto para receber cargas específicas de treino para a modalidade escolhida, sem se machucar, seguindo um cronograma para o seu tipo físico”
, explica Felipe Pita, personal trainer e sócio-proprietário da Metas Assessoria esportiva, empresa especializada em corrida. O atleta profissional dedica a maior parte do dia aos treinamentos, seguindo uma alimentação balanceada. É uma rotina de 6 a 8h diárias de preparação. Além disso, há o fator idade: a maioria dos atletas é nova, pois, com o passar dos anos, o corpo não responde mais como deveria.

Há o envelhecimento das células, das fi bras musculares, o aumento da gordura corporal, as mudanças psicológicas, o enfraquecimento cardiovascular e a baixa dos níveis sanguíneos. Assim, o que se quer, na maioria dos casos, é um bom condicionamento, fôlego e a forma física em dia. Na primeira avaliação, o preparador já tem uma visão do que poderá obter com os treinos: “Alguns fatores determinam se a pessoa terá um condicionamento de atleta, com a musculatura corporal, o nível de gordura e o perfil psicológico”, esclarece Pita. O ideal é definir logo de cara as metas. Saber, por exemplo, a modalidade que tem mais a ver com o perfil.

Definido isso, passa-se à segunda etapa: como deve ser o treinamento. Isso será feito a partir de um check-up para avaliar o estado geral. Os exames são fundamentais: “Quem se propõe a ter um corpo quase de atleta será levado ao limite máximo por várias vezes”. São exames ergoespirométricos (para o coração) e clínicos, além das avaliações ortopédica, nutricional e psicológica.

Suando a camisa


Em termos de treinamento, para quem já tem condicionamento, Pita sugere algo menos intenso no início. No caso da corrida, seria um treino regular de 3 a 6 vezes por semana, com, no máximo, um dia de descanso. Uma boa ideia seria dividir da seguinte forma: fazer 3 sessões de musculação; de 4 a 5 de corrida; 2 de massagem; 1 psicológica; 8 a 10h de sono por noite; e de 7 a 8 refeições diárias e balanceadas.” especificamente a corrida prioriza os membros inferiores, a região lombar e a abdominal. “Todas essas regiões ficarão mais definidas e a pessoa não deverá ter problemas de coração, obesidade e nenhum outro ligado ao sedentarismo”, explica Pita, que faz questão de frisar que o mais importante é pensar no esporte como um meio para se conseguir uma vida saudável, tendo como consequência a estética, não o contrário.

O treino

Freitas diz que é fundamental criar uma periodização que permita transitar desde o limite pessoal até a recuperação. “Assim, não há um desgaste desnecessário.” Para facilitar ainda mais, ele montou uma série de treinamentos simples para a queima de gordura: na primeira semana, o ideal é intercalar, deixando os dias pares para os treinos cardiovasculares moderados, junto com os de força intensos; e os ímpares para os intensos com treino de força moderado.

2ª SEMANA
Dias pares: treinos intercalados de força moderada com cardiovascular moderado.
Dias ímpares: treino cardiovascular intenso.

3ª SEMANA
Dias pares: treinos intercalados de força moderada com cardiovascular moderado.
Dias ímpares: treino de força intenso.

4ª SEMANA
Dias pares: treino intercalado de força intenso com cardiovascular intenso.
Dias ímpares: treinos regenerativo cardiovascular e de força

Colhendo os frutos

“Devemos sempre nos lembrar de que, como o atleta tem um calendário de provas intermediárias, estas servem para monitorar sua performance para, dessa forma, chegar pleno à prova principal”, explica Freitas. Da mesma forma, segundo ele, quem não é desportista precisa também estabelecer metas com datas definidas para fazer as avaliações periódicas. Deste modo, o preparador pode intensificar ou amenizar os treinos de acordo com os resultados verificados.

Principiantes

Quando a pessoa não tem um condicionamento físico e está com algumas gordurinhas a mais, ela não deve se preocupar. O personal trainer Luiz Carlos Freitas, diretor da Fit Five, empresa de consultoria em Fitness, preparou uma meta diária para queimar essas gorduras de forma rápida e segura, com ingestão de nutrientes suficientes para a realização das atividades. Para isso, ele explica que podem ser utilizadas duas modalidades de treinamento: aquela que potencializa um gasto calórico por bastante tempo (acima de 45 minutos); e outra que mescla atividades de fortalecimento com picos de atividade anaeróbica.

Segundo ele, estas duas estratégias permitem um alto gasto calórico, com a vantagem de oferecer uma atividade intercalada de resistência muscular com outra de força com atividade cardiovascular, tornando o treino mais dinâmico e menos chato. “Um exemplo de atividade moderada a intensa são as caminhadas entre 6 e 8 km/h, a natação contínua acima de 30 minutos e a bicicleta em terreno plano com intensidade moderada”, exemplifica.

Já como atividade cardiovascular intensa, ele aconselha: corridas seguidas de tiros; corridas com inclinações ou em terrenos que possuam subidas e descidas natação com tiros de 25 e 50 m; pedaladas com tiros ou subidas; ou ainda com subidas seguidas de tiros e pliometria (saltos contínuos com devido amortecimento para evitar lesões).

Prato cheio


A dieta passa a ser um item fundamental nessa programação. durante os treinamentos, a comida deve ser regrada e supervisionada. Nada de comer de forma exagerada só porque está fazendo exercícios. “A pessoa precisa comer muitos alimentos ricos em energias (carboidratos) para ter um melhor rendimento. O ideal é comer, antes do treino, um carboidrato (macarrão, batata, arroz, pão etc.) E, logo após o treino, repor com esses carboidratos e as proteínas (carnes vermelha e branca ou ovos)”, ensina Felipe.

Lógico que não dá para pegar o cardápio de um nadador como César Cielo e seguir à risca, achando que estará fazendo uma grande alimentação. Até porque os atletas profissionais têm alto consumo de energia e precisam de muita reposição para não perderem massa muscular. Sendo assim, você pode engordar se seguir uma dieta de atleta sem supervisão.

Proteínas e carboidratos

O ideal é procurar uma orientação nutricional que diga o que e quanto se deve ingerir diariamente para obter um bom resultado. Isso varia conforme o sexo, a idade, a composição física, o tipo de atividade física a ser feita e a duração. “Como nossa melhor fonte de energia está nos carboidratos, o consumo destes deve ser reforçado ao longo do dia. As quantidades devem ser definidas individualmente. Mas uma boa dica é consumir alguns alimentos como banana, pão com geleia, bolachas sem recheio e bolos simples entre as refeições. o fracionamento das refeições ajuda o atleta a ingerir todos os alimentos de que necessita durante o dia”, explica a nutricionista Giorgia russo.

Segundo ela, não se deve dispensar o arroz das refeições principais, deve-se, pelo contrário, acrescentar mais um carboidrato, como a batata, a mandioca, a batata-doce e o macarrão. Russo esclarece que é preciso também estar atento ao consumo de proteínas, pois elas são fundamentais no reparo de microlesões musculares decorrentes da prática esportiva. “Costumo recomendar o consumo de, pelo menos, um alimento que seja fonte de proteína (como os ovos, as carnes, o frango, o leite, os queijos e a soja) no café da manhã, no almoço e no jantar”, recomenda.

Giorgia acrescenta que, para aqueles que praticam atividade física sem maiores preocupações com o desempenho, uma dieta balanceada é suficiente para a manutenção da saúde/peso. Nesses casos, um alto consumo de carboidratos pode acarretar em ganho de peso. Ela dá exemplos de alimentos que devem ser consumidos pós-treino: sanduíche integral com polenguinho light; vitamina de leite e frutas; iogurte; tostex de peito de peru; e queijo. “Em atividades que duram mais de uma hora, é importante o consumo de um carboidrato durante o treino”, finaliza a nutricionista.

Fonte: ITodas UOL Beleza

Risoto de Gorgonzola


O queijo gorgonzola faz uma combinação maravilhosa com a maçã. Neste risoto, você se delicia com o contraste de sabores doces e salgados.

Restaurante: Moda da Casa

Chef: Cassius Fanti

Ingredientes

- 1 colher de sopa de azeite
- 50 gramas de cebola picada
- 10 gramas de alho amassado
- 200 gramas de arroz arbório pré-cozido (*caso não tenha use o arroz branco normal)
- 1 1/2 litro de caldo de frango
- 1 maçã verde picadinha
- 100 gramas de queijo gorgonzola cortado em pequenos pedaços
- Sal a gosto
- Pimenta a gosto (*utilizei pimenta calabresa...)
- 100 gramas de castanha de cajú picadinha
- 100 gramas de manteiga sem sal.


Modo de preparo

- Em uma panela média, com um pouco de azeite, faça um refogado de cebola e allho, sem fritar muito.
- Acrescente o arroz arbório pré-cozido
- Junte o caldo de frango (o ideal é que o arroz vá ficando meio papa)
- Coloque a maçã verde picadinha
- Depois entre com o queijo gorgonzola e abaixe o fogo quando tomar consistência
- Tempere com sal e pimenta a gosto
- Depois, acrescente um pouco da castanha de cajú torradinha.


Harmonização

Espumante: Garibaldi Brut Chardonnay
Sommelier: Maiquel Vignatti

*Observações minhas...

Nota: Encontrei esta receita no site da Vinícola Garibaldi enquanto estava procurando exportadores de vinhos. Fiz este risoto semana passada... maravilhoso!