Esta semana estive pensando a respeito do culto tal qual o conhecemos e cheguei à conclusão que durante décadas eu sequer tinha consciência que era coisa de índio e eu praticava.
Veja bem, Jesus desconhece qualquer culto que não seja no dia a dia, na vida, na convivência, no chão da existência. Nada há ritualmente que tenha valor intrínseco, pois reunir para fazer ritual é coisa de índio mesmo. Todos pulando e fazendo uh uh uh uh, uh uh uh uh, uh uh uh uh, uh.
O culto religioso é infinitamente diferente do encontro em torno do Nome de Jesus: “Que fazer, pois, irmãos? Quando vos reunis, um tem salmo, outro, doutrina, este traz revelação, aquele, outra língua, e ainda outro, interpretação. Seja tudo feito para edificação”.
Sem muito esforço, só por esta perícope já dá pra sabermos que os encontros do Corpo de Cristo devem ser participativos, não shows, não platéia e atores, não ídolos e fãs, não profissionais da fé e leigos, mas reunião de discípulos de Jesus em torno de Sua Pessoa para a edificação de todos.
Todos participam, não há aqueles que assistem e aqueles que fazem o show, há comunhão, exercício dos dons espirituais, conversas, diálogos, ensinos, prática dos dons para a construção de pessoas melhores, gente realmente boa de Deus auxiliando e sendo auxiliadas.
Para assistir um culto, acho preferível ir ao teatro ou a uma casa de espetáculos, em ambos sairei aliviado, não por Deus estar lá, mas pelo entretenimento. Note bem, a gente canta, pula, esquece dos problemas por uma hora, é lazer, é entretenimento, isto nos faz relaxar. Portanto a meu ver não há diferença alguma do culto religioso com a diversão teatral.
Pra mim o que é relevante são as reuniões em torno do Nome de Jesus para comunhão, aprendizado, auxílio, estudos, socorros, enfim, para que nos encontros humanos, encontremos Deus no irmão, do contrário o culto vira missa onde há um sacerdote rezando e os outros assistindo.
Pense nisso!
Cláudio Nunes Horácio
Muito bom o texto. Certamente na maioria das vezes o culto perdeu sua essencia e se tornou mero entrentenimento =[
ResponderExcluirVou confessar...
ResponderExcluirQuando da minha conversão, eu saí literalmente do cordão do trio elétrico e de todo aquele kit que incluía bandana, mamãe-sacode e abadá para outro cordão; da alegria esfuseante dos shows e micaretas PULEI para o show igualmente esfuseante da igreja carismática.
Nada contra um ou outro estilo(Calma eu explico rss)até porque nunca fui de buscar "escape" para fugir de problemas. Porém, no primeiro caso - embora eu seja uma pessoa alegre por natureza - bora reconhecer que é uma falsa e temporária alegria coletiva.
No segundo caso(cantava na igreja empolgadésima, batendo palmas e dançando para louvar a Deus com toda sinceridade de alma), era uma espécie de transição, tipo uma iniciação de um loooongo processo que estava por vir.
Por isso, não me envergonho de nenhum dos dois. Foram duas etapas da minha vida que hoje me servem como parâmetro para que eu reflita sobre toda essa minha trajetória de vida. Não perdi a alegria, brinco e pulo ainda rss mas jamais para esquecer problemas.
Vejo pessoas saírem para brincar nos blocos e não as condeno, acho graça e penso "já passei por isso..." Também vejo as pessoas na "minha" igreja fazerem exatamente o que eu fazia e penso a mesma coisa.
Sinceramente, eu não ficava ali achando que era entretenimento. Mas, como era muito emotiva e menina na fé, extravasava pra valer como se assim agradasse mais a Deus e principalmente - ingenuamente - achava que aquela minha nova alegria externada daquela forma contagiava outros.
Depois o tempo vai passando e a gente vai "crescendo" e distinguindo as coisas... E, hoje, mesmo prestando culto a Deus em meio às pessoas "carismáticas" eu sei bem que encontrar Deus no irmão, como diz seu finalzinho do texto, não tem absolutamente NADA a ver com igreja.
Falo "carismático" pois é com quem me identifico. Fujo dos extremos, pois detesto aquela coisa sisuda de púlpito distante (Tipo "podeis sentar" he he) como se a solenidade de Deus tivesse a ver com toda aquela formalidade; e também detesto aquela gritaria, línguas estranhas, um bando de malucos gritando aleluia e glória a Deus sem nem saber o que o outro está dizendo.
Aliás - diga-se de passagem - uma das primeiras coisas que aprendi acerca de ORDEM no culto foi o que disse Paulo de forma contundente aos coríntios na primeira epístola sobre esse lance de falar em línguas no capítulo 14. Principalmente nos versos 19, 27, 28.
Passou disso, pra mim é BAGUNÇA!!! E aí eu não sei o que é pior, se missa ou essa zorra total.
Me empolguei, foi mauzzz :)
Mas o assunto é extenso, por isso faço justamente essa abordagem no livro que estou finalizando.
Foi ótima a abordagem porque me impulsionou a falar de minhas experiências de performance e coreografia ih ih
Que Deus continue longânimo e paciente abrindo cada vez mais as nossas mentes para o que Ele espera de verdadeiros adoradores e que nada tem a ver com palcos e exterioridades religiosas e igrejistas.
Beijos,
Rê.
Fábio, obrigado, creio que podemos ser edificados e edificar TAMBÉM no que a igreja chama de culto, mas se assim não for, virou missa e para nada mais serve senão para entretenimento. Paz e bem.
ResponderExcluirRê, você tocou num ponto interessante: fases. Creio que somos seres de fases e a esta altura da história, com o cristianismo todo infestado de paganismo que absorveu de lugares inimagináveis ao longo da história,qualquer um que se converta será contaminado pelo espírito pagão. Todos nós no comecinho tivemos nossos enganos, fomos instruídos para crer nas mecânicas dos ritos, nos xamãs e pajés que carregam o título de pastores e que são os únicos capazes de acionarem as engrenagens que farão Deus nos abençoar. Este espírito, esta mentalidade, herdamos do catolicismo romano e mesmo que na teoria declaremos que os pastores não são sacerdotes, mas ministros, na prática não é assim. O pastor é o ungidão, é o especialista da fé, é o profissional funcionário de Deus. Entristeço-me com a falta de discernimento que encontro em inúmeros irmãos no meu dia a dia, mas como você disse, já fomos assim, já estivemos enganados e creio que daqui há alguns anos acreditaremos que hoje éramos somente crianças na caminhada de discípulo de Jesus. Dou graças a Deus por isso, pois é de glória em glória, passo a passo que seremos semelhantes a Ele. Beijo grande mana. Paz, graça e bondade.
ResponderExcluirO culto que vale, é culto do ombro no ombro.
ResponderExcluirTextaço
beijocas
Gosto da sacerdotisa porque ela diz em uma linha o que eu tento dizer em cem , humilhô rss
ResponderExcluirMas isso é só pra quem tem a patente que ela tem, fazer o quê?!
Beijos reverentes (kinem diz ela)
Fecho com a Rê,
ResponderExcluircreio parecido com ela,
bom texto Cláudio Ancião-Mor!
Dri, Wendel e Rê, kkk, este negócio de patente e título não entra na minha cacholinha kkk, já não sei quem é o arcanjo o Miguel, o querubim e nem o patriarca do trem kkkk. Então vou chamando pelo nome messss kkk. Valeu moçadinha boa de Deus. Beijos pra elas e abraços pra eles.
ResponderExcluirO cara ficou bolado com o título Ancião-Mor, mas vem aqui e despeja uma maravilha dessas!!! Não satisfeito, ainda complementa com maestria na réplica à Rê!!! "Concorda comigo, ou não?", diria o filósofo Datena!
ResponderExcluirMas a sacerdotisa também deu uma resumida brilhante!! Por isto, fecho com o Cláudio, com a Rê, com a Dri e com o Wendel!
Que bom que a Rê deu uma parada em um dos livros! Só assim, ela extravasa sua veia literária nos comentários, pro nosso deleite!!
Nobre Ancião-Mor,
ResponderExcluirÉ exatamente isso... lembro-me como se fosse hoje de reuniões animadas em minha casa junto aos meus amigos, alguns crentes e outros não.
Em um determinado momento a gente começava a falar de Deus, de assuntos espirituais e quando menos nos dávamos conta estávamos todos em comunhão, MAIS COMUNHÃO ainda, na presença de Deus, com louvores, profecias, orações uns pelos outros, mas SEM PALHAÇADA, SEM REVELAMENTO, era tudo de Deus...
Good times!
kkk, René, obrigado por teus olhos e ouvidos generosos para comigo. Quando vaza discernimento da graça de Deus em mim, fico muito satisfeito e feliz. Agora os títulos, isso fico bolado mesmo, to com trauma depois desta inflação de títulos e patentes infernais que vemos todos os dias no mundo invangélido atual. Misericórdia e graça! Abração.
ResponderExcluirJC, os bons tempos se foram, restaram a saudade e como diz Richar Bach "uma saudade é sempre necessária antes que possamos nos encontrar novamente", então estamos a cada dia mais próximos do abraço final, dos bons tempos eternos, do bafo do Pai. Isto lá onde não haverá REVELAMENTOS e nem patriarcas ungidos, onde a Luz será do Cordeiro Eterno a iluminarmos para todo o sempre. Maranata!
ResponderExcluirForte abraço.
Eu, por outro lado, concordo com o Claudio, com a Rê, com o Wendel, com o Renée e com o Jão kkkkkk
ResponderExcluirClaudio,
Não fica bolado com o teatro de erros do títulos, é para se rir (e muito). Para mim vale como lembrança constante daquilo que renego até o talo e que em mim não deve nascer se quer qualquer desejo de voltar para o "egito" das funções eclesiasticas, dos concilios dos egos inflados.
Você tem toda a razão, entre nós só há gente boa de Deus.
grande abraço