Como surgiu Café com Leite Crente?

Café com Leite Crente surgiu dos sonhos de Adriana Chalela (A Razão da Esperança), Regina Farias (Bora Ler) e João Carlos (Pastor João e a Igreja Invisível). Três amigos virtuais e irmãos em Cristo, separados por milhares de quilômetros mas que compartilham da mesma visão do Reino de Deus, Reino este que começa aqui na Terra e continuará por toda a Eternidade. Devido às nossas afinidades, decidimos unir nossos esforços para mostrar que é possível sermos 100% cristãos, mas com os pés 100% no chão, vivendo uma espiritualidade madura e responsável sem perder o amor pela vida que fomos graciosamente presenteados por nosso amoroso Pai.

Só que a família cresceu! Pelo Caminho conhecemos mais três irmãos maravilhosos, com a mesma visão do Reino: René Burkhardt (Nem de Paulo nem de Apolo: de Cristo!), Cláudio Nunes Horácio (Susto de Amor) e o "atrasildo" do Wendel Bernardes (Cinema Com Graça), que agora fazem parte desta gangue...


quinta-feira, 28 de abril de 2011

Coração




Coração...

Entre o bem e o mal,

Que distância haverá?

A freira no taxi...


Uma freira faz sinal para um táxi parar. Ela entra e o taxista não pára de olhar para ela:

- Por que você me olha assim?

Ele explica:

- Tenho uma coisa para lhe pedir, mas não quero que fique ofendida...

Ela responde:

- Meu filho, sou freira há muito tempo e já vi e ouvi de tudo. Com certeza não há nada que você possa me dizer ou pedir que eu ache ofensivo.

- Sabe, é que eu sempre tive na cabeça uma fantasia de ser beijado na boca por uma freira...


A freira:

- Bem, vamos ver o que é que eu posso fazer por você: primeiro, você tem que ser solteiro, palmeirense e também católico.


O taxista fica entusiasmado:

- Sim, sou solteiro, palmeirense desde criancinha e até sou católico também!

A freira olha pela janela do táxi e diz:

- Então, pare o carro ali na próxima travessa.

O carro para na travessa e a freira satisfaz a velha fantasia do taxista com um belo beijo na boca daqueles de cinema.

Mas, quando continuam para o destino, o taxista começa a chorar:

- Meu filho - diz a freira - Porque é que está chorando?

- Perdoe-me Irmã, mas confesso que menti: sou casado, corintiano e sou evangélico...


A freira conforta-o:

- Deixa pra lá!!!! Estou a caminho de uma festa a fantasia, sou travesti, meu nome Paulo e torço pro São Paulo!


(adaptei, pois recebi a versão carioca...)

quarta-feira, 27 de abril de 2011

E o profeta Raul estava certo...



Há muito tempo tenho sido incomodado com a venda de terras brasileiras para investidores estrangeiros.

O engraçado é que este assunto talvez teria passado batido para mim, da mesma forma que passa para a maioria dos brasileiros, se a algumas décadas atrás o profeta Raul Seixas não tivesse falado isso através da música ALUGA-SE. E olha que ele foi inocente, interpretando a visão como sendo apenas uma locação...

Veja a letra e clique em algumas matérias que pesquei na internet de forma aleatória a respeito deste assunto. Depois, tirem suas conclusões...


ALUGA-SE
Raul Seixas

A solução pro nosso povo
Eu vou dá
Negócio bom assim
Ninguém nunca viu
Tá tudo pronto aqui
É só vim pegar
A solução é alugar o Brasil!...

Nós não vamo paga nada
Nós não vamo paga nada
É tudo free!
Tá na hora agora é free
Vamo embora
Dá lugar pros gringo entrar
Esse imóvel tá prá alugar
Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!...

Os estrangeiros
Eu sei que eles vão gostar
Tem o Atlântico
Tem vista pro mar
A Amazônia
É o jardim do quintal
E o dólar deles
Paga o nosso mingau...

Nós não vamo paga nada
Nós não vamo paga nada
É tudo free!
Tá na hora agora é free
Vamo embora
Dá lugar pros gringo entrar
Pois esse imóvel está prá alugar
Alugar! Ei!

Grande Soluça!

Nós não vamo paga nada
Nós não vamo paga nada
Agora é free!
Tá na hora é tudo free
Vamo embora
Dá lugar pros outro entrar
Pois esse imóvel tá prá alugar
Ah! Ah! Ah! Ah!

Nós não vamo paga nada
Nós não vamo paga nada
Agora é free!
Tá na hora é tudo free
Vamo embora
Dá lugar pros gringos entrar
Pois esse imóvel
Está prá alugar...
Está prá alugar meu Deus!

Nós não vamo paga nada!
Nós não vamo paga nada!
É tudo free!
Vamo embora!

( a melhor versão desta música com Raulzito ao vivo não está disponível para ser incorporada mas segue o link: http://www.youtube.com/watch?v=YcvKkJwP6NA&NR=1 )

Após esta porrada sonora, vamos às matérias:


Estrangeiros compram "seis Mônacos" de terra no país por dia, mostra pesquisa


Governo bloqueia compra de terras por estrangeiros


E aí, consegue dormir com um barulho desses?

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Saudades de nosso antigo grêmio tão querido!


Aquela era uma ruazinha pacata de subúrbio, quase não passava carro, quase não passava gente.
Suas casinhas eram típicas das vielas suburbanas cariocas. Noutros tempos, ouvia-se nas esquinas o som do violão, do pandeiro e do bandolim, em roda de choro com galantes rapazes cantando o amor à moda antiga. Mas hoje, nem isso se vê.
Da boa época só restou mesmo o galpão abandonado do grêmio, onde se fazia de festa de criança a batizado de boneca.
Tudo era motivo de celebração. Bem... era!

Até que um dia, um carro meio estranho chegou por aquelas bandas. Reluzente, fazia-se destacar dos fusquinhas desbotados e dos chevettes oxidados parados nas calçadas, quase cimentados lá, sem uso, afinal, nessa rua quase não passava carro.

Os vizinhos por detrás das cortinas, esticavam os olhos pra ver onde iria estacionar tão importante automóvel, alguns espantaram-se ao perceber que o destino era de fato o velho grêmio abandonado.
Sujeito não muito alto, aparentando meia idade, saltou do veiculo ajeitando as calças lusitanamente. Balançou o molho de chaves e pendurou o celular à vista, entre a pançorra a e pochete. Acompanhava-o cidadão de dois metros pelo menos, com terno negro e óculos escuros. Clássica definição de leão de chácara, segurança, guarda-costas, mas ele o chamava carinhosamente de ‘meu diácono’.

Olhou como “espia” que visa tomar a terra de assalto. Viu no galpão a oportunidade de colher grandes cachos de uvas, que só poderiam ser carregadas por corpulentos ajudantes. Enxergou, com seu olhar empreendedor, uma terra que emanava leite e mel de possibilidades. Diferente de espias doutros tempos, sorriu e entrou de novo em seu carrão cintilante.

Semana e meia se passou e quase sem sentir, o grêmio ganhou cara nova. Bela e moderna pintura de cores fortes por fora, ar condicionado por dentro, cadeiras longarinas reclináveis, piso de mármore branco na entrada e no velho salão de baile, antes com gastos tacos de madeira, agora revigorado com bom e caro porcelanato italiano.
Até o humilde palquinho, acostumado a servir de base para o célebre ‘parabéns pra você’ de cada final de semana, ganhou ares de Broadway. Belo carpete azul profundo nos entornos, madeiramento nobre e claro no chão, e no teto bons refletores que eram comandados de dentro de um quartinho suspenso metro e meio do chão, ao fundo do salão.

Começou o burburinho entre vizinhos. O mais exaltado sugeriu um ‘bolão’ pra ver quem adivinhava o que se tornara o antigo grêmio tão querido.
Dona Moça, que viera da Zona Sul após a triste separação e sempre foi meio esnobe apostou cinco cruzados em seu maior sonho; um Teatro! Já se imaginava atravessando a rua desaposentando seu escarpin vermelho e seu casaco de vison, frutos doutras épocas, de vacas mais gordinhas.
Seu Gastão apostou vinte e cinco na sua maior esperança; um Bingo! Visualizava o aparecimento dos caça-níqueis piscantes, e o desaparecimento de seu dinheirinho. Verdadeiro frenesi!
A galerinha teen pediu aos deuses olimpianos Stephenie Meyer, J.K. Rowling, e C.S. Lewis, todos inspiradores de livros adaptáveis que fosse um Cinema. Imagina assistir às intermináveis sagas “Senhor dos Anéis Crepusculares das Crônicas Narnianas” ali bem pertinho... seria o céu, ou o a Terra Média, ou o Inferno, sei lá! Apostaram 15,75, foi tudo que possuíam nos bolsos, junto aos chicletes e fotos do Justin Bieber.

Seu Eclético apostou 10 contos. Quando lhe perguntaram a opinião, disse que poderia ser de tudo um pouco. Cinema, Teatro, Bingo, quem sabe até Cabaré? As mulheres se benzeram por fora e por dentro, os homens pediram a Deus em seu íntimo que se fosse inferninho, que ao menos, tivesse saída para os fundos.

Até o dia da inauguração foi febre de 40 graus. O bolão só crescia. Uma placa foi afixada de madrugada, devidamente obliterada por sacos negros, clima teatral, pensou Dona Moça; ares de Bingo clandestino, achou Gastão... Mas todos estavam aflitíssimos.
No portão, feito a mão, cartaz dizia assim; “Aos membros da comunidade, convidamos para a inauguração neste domingo às 19:00, venha e traga sua família”.

Às 18:00 do domingo fazia-se fila na porta do antigo grêmio. Seu Eclético misturava tudo que seu armário continha. Já os teens, preferiam cores cítricas misturadas com cabelos alisados, All Stars nos pés e Tridents nos cantos da boca. Até a banda do chorinho, já não tão belos, mais igualmente elegantes, foi representada por dois ou três dos que sobrevivem dos tempos de romantismo.

Ao abrirem os portões, um mundo de cores sóbrias e clima de montanha abraçavam os visitantes ao som dum hino neopentecostal, berrado por uma gordinha gospel ao centro do palco. Quando todos perceberam era tarde demais. Estavam num culto de inauguração da mais nova filial da “Igreja Evangélica Apostólica Renovada Universal do Poder de Jeová”. Já não dava pra correr, seriam pegos pelos diáconos treinados como leões de chácara pela família Gracie.

Subiu no palco o senhor da pançorra, agora menos enigmático, dono do carrão reluzente que dizia:
“Meus caros amigos e futuros irmãos, a partir de hoje estaremos zelando por suas almas como bom rebanho do Senhor”... “estaremos disponibilizando curas, revelações, correntes fortes, unções e muito mais”... “preparem suas carteiras, pois um mundo de possibilidades proféticas vos aguarda”.

A tensão rolava no ar. Descobriram naquele instante, enquanto caminhavam para o batistério, que não tinha mais como voltar atrás, não sem topar com os diáconos discípulos dos Gracie. Agora era torcer pra pelo menos, conseguir a salvação parceladinha no cartão de crédito, pois à vista tava caro pra c...aramba!
Aleluia, Jesus!

Wendel Bernardes.


sábado, 23 de abril de 2011

PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO

Daquele dia em diante, mestre Benjamim parou de esperar que lhe fizessem perguntas. Ele se assentava e a cada noite contava uma das parábolas do Senhor das historias.

“Um homem perguntou ao Senhor das histórias sobre os mandamentos. Ele respondeu: 'O primeiro mandamento é que devemos amar a Deus mais do que amamos as coisas que possuímos. E o segundo é que devemos amar o nosso próximo com o mesmo amor que temos para conosco mesmos'. 'E quem é o meu próximo', o homem perguntou. E foi essa história que ele contou:

Era uma vez um garçom que depois de uma noite de trabalho, voltava para a sua casa com um pouco de dinheiro que havia recebido como gorjetas para sustentar sua família. Eram quatro horas da madrugada, as ruas estavam vazias e escuras. Valendo-se da escuridão, dois ladrões atacaram o garçom e, além de roubarem o seu dinheiro, bateram nele, deixando-o como morto na calçada. O tempo passou. O sol anunciou a manhã.

Passava por aquela rua, no seu carro, um sacerdote que se dirigia à igreja para celebrar a primeira missa. Vendo o homem caído, ele se lamentou e disse: 'Se não fosse pela missa eu pararia para ajudá-lo'. Rezou um padre nosso e uma Ave-maria em intensão do ferido e foi cumprir suas obrigações religiosas. Logo depois, passava por aquela mesma rua um pastor evangélico que se dirigia para a sua igreja a fim de dirigir uma reunião de oração. Ao ver o ferido, ele perguntou: 'Meu Deus, que terá feito esse homem para que o Diabo assim o castigasse?' Premido por suas obrigações religiosas ele de longe executou gestos de exorcismo e continuou na direção de sua igreja. Levantando o sol, manhã clara, passava por ali um travesti, em sua lambreta, vindo de uma noite de farras. Ao ver o homem caído, o seu coração se comoveu. Parou, colocou o homem na garupa e levou-o a um hospital. Lá, tirou de seu bolso todo o dinheiro que tinha e disse: 'Para pagar os gastos que houver...'. E desapareceu antes que a polícia chegasse.

Terminada a parábola, Jesus perguntou aos que o ouviam: 'Desses três, qual foi aquele que cumpriu o mandamento do amor?' Todos ficaram em silêncio por saberem a resposta. Mas os religiosos não gostaram... (Parábola do Bom Samaritano)”

Rubem Alves, Perguntaram-me se acredito em Deus, São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2007.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

O QUINTO DOS INFERNOS - SAIBA A RAZÃO


Durante o século 18, o Brasil Colônia pagava um alto tributo para seu  colonizador, Portugal. Esse tributo incidia sobre tudo o que fosse produzido em nosso país e correspondia a 20% (ou seja, 1/5) da  produção. Essa taxação altíssima e absurda era chamada de "O
 Quinto". Esse imposto recaía principalmente sobre a nossa produção de ouro.

O "Quinto" era tão odiado pelos brasileiros, que, quando se referiam a ele, diziam ... "O  Quinto dos Infernos".  E isso virou sinônimo de tudo que é ruim
.

A Coroa Portuguesa quis, em determinado momento, cobrar os "quintos  atrasados" de uma única vez, no episódio conhecido como "Derrama". Isso revoltou a população, gerando o incidente chamado de "Inconfidência Mineira", que teve seu ponto culminante na prisão e  julgamento de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário IBPT,  a carga tributária brasileira deverá chegar ao final deste ano de 2010 a 38% ou praticamente 
2/5 (dois quintos) de nossa produção.

Ou seja, a carga tributária que nos aflige é praticamente o dobro daquela exigida por Portugal à época da Inconfidência Mineira, o que  significa que pagamos hoje literalmente "dois quintos dos infernos" de impostos...

Para que? Para sustentar a corrupção?? os mensaleiros?? o Senado com  sua legião de "diretores", a festa das passagens, o bacanal  (literalmente) com o dinheiro público, as comissões e jetons, a farra  familiar nos 3 poderes (executivo/legislativo e judiciário).

Nosso dinheiro é confiscado no dobro do valor do "quinto dos infernos"  para sustentar essa corja, que nos custa (já feitas as atualizações) o  dobro do que custava toda a Corte Portuguesa.

E pensar que Tiradentes foi enforcado porque se insurgiu contra a  metade dos impostos que pagamos atualmente!


quarta-feira, 13 de abril de 2011

Seu Jorge



Seu Jorge vai subir ao palco com U2 hoje no Morumbi.

Ele mesmo!

Esse cantor e compositor brasileiro de MPB, de samba e de soul!

Além de ator super talentoso cuja última atuação na telona foi como `Beirada´ em Tropa de Elite 2 e que, apesar de ter sido tão rápido, dá pra sacar a interpretação desse artista completo que esbanja versatilidade.

Pois, com a mesma maestria que faz um bandido negro, pobre, favelado, sobe ao palco de show da não menos talentosa Ivete, no Madison Square Garden. E, em apresentação simplesmente IMPECÁVEL, arranca muuuuuitos aplausos da galera.

Clap Clap Clap

RF

(Não esqueça de: clicar na seta do meio da tela, depois clique  em cima das quatro setinhas do canto embaixo à direita, pra `ampliar´ a tela. Aumente o volume... E CURTA! )

Coisas que só as mulheres conseguem fazer...




Fingir naturalidade durante um exame ginecológico.

Usar o poder de uma calça jeans para rediagramar a estrutura do corpo.

Ter crise conjugal, crise existencial, crise de identidade e crise `de nervoso´!

Ser mãe solteira, mãe casada, mãe separada, mãe do marido, mãe do ex-marido.

Rasgar a meia na entrada da festa.

Sentir-se pronta para conquistar o mundo quando está usando um batom novo!

Chorar no banheiro e ficar se olhando no espelho para ver qual melhor ângulo.

Achar que o seu relacionamento acabou e depois descobrir que era tudo tensão pré-menstrual.

Nunca saber se é para dividir a conta ou se é para ficar meiguinha.

Dizer `não´ para ele insistir bastante e aí ter que dizer sim!


SÓ AS MULHERES COMPREENDEM:

Porque é bom ter cinco pares de sapatos pretos.

A diferença entre creme, marfim e bege claro.

Achar o homem ideal é difícil, mas achar um bom cabeleireiro é praticamente impossível.


E O TÓPICO NÚMERO UM QUE SÓ AS MULHERES ENTENDEM:

As outras mulheres!


ORAÇÃO DAS MULHERES:

'Querido Deus,

Até agora o meu dia foi bom:

não fiz fofoca, não perdi a paciência, não fui gananciosa, sarcástica, rabugenta, chata  nem irônica.

Controlei minha TPM, não reclamei, não praguejei, não gritei, nem tive ataques de ciúmes.

Não comi chocolate.

Também não fiz débitos em meu cartão de crédito (nem do meu marido) e nem dei cheques pré-datados.

Mas peço a sua proteção, Senhor, pois estou para levantar da cama a qualquer momento...

Amém!

sábado, 9 de abril de 2011

Milagres acontecem, sim senhor

TRÊS HOMENS ANDARAM SOBRE AS ÁGUAS EM TODA A HISTORIA DA HUMANIDADE:
O primeiro foi Cristo.

O segundo foi Pedro.

O terceiro foi Ivangivaldo.

... Ivangivaldo?

Quem é Ivangivaldo???

..

O cara da foto abaixo!




quinta-feira, 7 de abril de 2011

Senta aí, toma um café...



Faz tempo que devo umas considerações acerca da criação deste blog. E até que rascunhei algumas palavras logo que este entrou`no ar´, porém deixei no fundo da gaveta e o tempo foi passando. Muito rápido por sinal, pois parece que foi ontem rss  Foi então que, dias atrás, quando surgiram novos pensadores no pedaço, resolvi tirar da gaveta, reler e fazer alguns ajustes...

Tudo começou com uma afinidade que surgiu casualmente no meio virtual. E, nesse acaso que é de Deus, fomos trocando figurinhas despretensiosamente. O João, com a sua persistência bem característica dos apaixonados que vão fundo em tudo que fazem, lançou a ideia; euzinha, meio distraída, parecia puxar o freio de mão, mas é claro que não jogava água no fogo santo rss. Estava apenas um tanto desatenta, só pra variar um pouco; namorava a novidade, fugindo do compromisso. Afinal, no meu blog eu mandava e desmandava, escrevia quando queria, fechava a bodega e voltava quando quisesse. A Dri, por sua vez, demonstrou nas entrelinhas ser super atarefada e não poder se fazer presente a contento. Parecia que não daria certo...

Quando menos esperei, ainda que aceitando ( se bem que sem cair a ficha ) lá estava o blog com meu nome entre os integrantes. Confesso que me senti meio responsabilizada, afinal não é uma brincadeirinha de quem está à  cata de seguidores, é assunto de gente grande. Então respirei fundo e pude relaxar quando me veio à mente a ideia de fazer postagens mais voltadas para o humor e a saúde de modo geral, numa abordagem leve e descontraída. Meio receosa em relação à aceitação dos demais, comecei a postar sempre pensando em unir o útil ao agradável. Afinal, humor e saúde em todos os aspectos é tudo de bom, principalmente quando a proposta é simples e natural.

Na verdade, sempre que surge uma ideia nova, a tendência é dar um passo para trás, como a se proteger, principalmente quando são várias cabeças pensantes. É quando, paralelo a isso, a ousadia fala mais alto acreditando em sintonia ainda que tão verdinha e principiante; sem falar que a dobradinha insistência/persistência foi fundamental, senão este blog não teria iniciado seu engatinhar com maestria. Estou falando de características bem pessoais do nosso amigo J.C. Indo um pouco mais além, precisamos admitir - e enfatizar - o mais legal de tudo: sua aposta, inicialmente, na sintonia entre três pessoas de lugares e hábitos completamente diferentes; e, uma segunda posterior- e não menos acertada - em mais três integrantes de peso. Não foi à toa a alusão ao verso do autor de Eclesiastes...

Bem, mas eu queria falar também sobre o título, que a princípio não me agradou e eles nem sonham. Sabe, é que eu não gosto desse termo `crente´. Aliás, detesto! E não apenas pelo sentido pejorativo e banalização do seu uso, mas principalmente por uma aversão que tenho a essa coisa da titularização. Aí... pra não bancar a inflexível, fui aceitando numa boa e, mesmo sem morrer de amores por esse termo, tenho aprendido a conviver com esse lance de ser crente. Afinal, intransigência não é bem a minha cara...

Outra coisa: não gosto de café com leite quente. Título quase “homônimo” e não por acidente, ou seja, bem proposital. Eu a-do-ro mesmo é café fresquinho feito na hora, só que pingado com leite gelado para `dar o grau´. Taí... É onde euzinha não sou nem quente nem fria. E não que seja morna, alto lá!  É que em relação a café com leite, rola essa coisa do moderado que nada tem a ver comigo e minhas pulsões. Sim, porque não sou exatamente uma moderada. Sou mais para impulsiva devido ao meu temperamento `sanguíneo´, caloroso, animado, alto astral (Eufemismos para temperamental, abafa!).

Mas nada como o tempo... Ah, o tempo! Pois, com o tempo - e as porradas da existência - vamos deixando um pouco de lado os sentimentos mais acalorados e permitindo que os pensamentos mais reflexivos formem decisões sem, contudo, abandonar a essência. Isto é, sem permitir que o meu temperamento `civilizado´ se sobreponha à minha espontaneidade.

Enfim, já que estamos falando de mim, a parte boa (eu acho) do meu tipo de temperamento é que amo demais tudo que amo e, embora deteste com a mesma intensidade, não sou de guardar ressentimentos. Tenho uma enorme facilidade para esquecer as coisas mais desagradáveis. É como se Deus tivesse me privilegiado com uma lobotomia natural e, então, grande parte de situações que porventura tenham me irritado ao longo da vida, tenham caído no esquecimento. Daí ficar sempre intrigada quando alguém me confidencia que há 30 anos, por exemplo, tem raiva de fulano por uma bobagem qualquer. Sim, porque talvez, à época, até tenha sido relevante, mas que certamente perdeu a força e a importância com o passar do tempo.

Hoje, depois de quase um ano e fazendo uma análise das alterações feitas, fico feliz e em paz ao perceber que não há `oba oba´ em cima deste blog, não tendo assim taaaantos seguidores, visitantes e comentaristas; há sim, uma boa pitada do bom senso que neutraliza estrelismos; caminhando lado a lado, conhecendo-nos melhor e nos fortalecendo; formando uma família sem limites de crescimento; uma família sem ares de panelinha fechada. É certo que aqui são apenas seis os “pensadores” que formam o elenco das postagens. Mas incontáveis e de várias praias os que por aqui surfam. Porque não há muros, fronteiras, demarcações.

Ao sabor de um café com leite, `é só chegar´, como se diz popularmente.

E, como diria meu avô, `puxar um dedinho de prosa´.  Sem grandes pretensões...



Disse Jesus:

“Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros”.

(João 13.35)

terça-feira, 5 de abril de 2011

Vento de Mudanças

"O vento sopra onde quer. Você o escuta, mas não pode dizer de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todos os nascidos do Espírito" (João 3.8).


segunda-feira, 4 de abril de 2011

A Esperança onde menos se espera...




Esta manhã ele acordou demasiadamente frustrado. Os últimos dias foram duros, na verdade foram insuportáveis. Não estava mais em casa, mas a sensação era a mesma. Só se deu conta de que não estava mais lá, pois o teto era diferente. Ele abriu os olhos e se viu perdido, sem referência. Quem sou eu?

Ontem mesmo, quando ainda estava com seu ‘amigo’ depois da briga, parecia vivenciar um pouco melhor a vida, mas acordar ali o fizera desconsiderar seus caminhos, pelo menos agora pensava assim. Mais nada era definitivo nessa sua vida indefinida por si só!

Talvez tudo tenha começado em sua infância, onde seu pai truculento lhe dava amor apenas em pancadas. Amor em pancadas? Claro, assim iria endireitar-se, já viu homem se formar sem porrada? Bom, foram essas porradas que agora o fazem lembrar-se de seu velho com tanta amargura.
Porque minha mãe nunca tomou coragem e me defendeu? Talvez porque ela mesma tivesse medo de que aquele ‘homem’ que o pai dizia não se formasse nem com porradas, nem com palavras de amor e afetuosidade.

Mas pensar nisso não o fazia mais feliz, na verdade o tirava do sério. A tristeza que antes sentia de sua família, agora se tornou uma mágoa tão profunda, tão densa e tangível que parecia que apenas a Mão de Alguém poderia arrancá-la de lá. De onde? Do peito!

Quando ele decidiu contar o que se passava em seu coração, na verdade não queria ‘libertar-se’, mas apenas contar com a compreensão de todos. Queria ajuda, abrigo, guarida.
Agora sente-se um verdadeiro idiota. Como poderia imaginar que teria atenção neste momento, durante os vinte e três anos que vivera nunca os teve, porque agora? Martirizava-se por ser quem é. Ou, por ser quem forjou-se.

Quando mais jovem, talvez uns dois ou três anos antes, buscou num amigo, opinião sobres seus sentimentos. Ele, o amigo, era um bom rapaz, religioso daquela seita protestante da esquina, conhecia-o desde a infância quando brincavam animadamente na frente da casa da família. Eram bons tempos, nada se passava pelo coração; sem perguntas, sem rumores, sem explicações...

Lembrou-se que, um dia disseram a ele que se abraçasse uma fé, e de preferência uma fé protestante que era a mais certa, poderia aplacar sua dor de ser quem a família temia que ele fosse. Então, conversando um dia com seu amigo, abrindo seu peito a ele, teve uma grande alegria quando o viu sorrir ao contar-lhe sua dor.
- Ah, é isso? Bom, isso não é algo tão ruim, apenas não deve ser contado a ninguém!
- Então quer dizer que devo viver assim, sem dizer quem sou? Sem fazer exposição do que se passa em mim?
Os olhos do amigo brilharam, enquanto suas mãos tocaram seu ombro agora tenso.
- Claro que sim, como você acha que eu vivo?
- Você ... você também?
- Sim, eu também! Disse com um sorriso ausente de satisfação, mas de vergonha.
Ele saiu dali, meio desorientado, meio assustado, afinal aquela piscadela que tomara no final da conversa, junto aquele abraço demasiadamente apertado não queria sair da sua cabeça. Foi assim que entendeu que uma religião legal, por mais certinha que fosse não fazia mais bem do que uma pedra no sapato.

Mas essas lembranças também não o ajudaram. Ele olha para o celular e percebe que não há ligações perdidas de ninguém, pensa se deve mesmo levantar-se ou se passa o resto desse fatídico sábado na cama chorando suas mágoas.

Até ontem estava em casa, será que fez errado em contar? Será que se voltar o papai me aceita? Afinal foi só uma comunicação desencontrada, ele nem tinha terminado de se explicar.
Enquanto mais aquela pergunta rondava sua cabeça, alguém bate à porta.
Como pode, só ‘moro’ aqui faz algumas horas, como me encontraram?
Quando ele saiu de casa, achou esse quarto de aluguel, não era lá grande coisa, mas estava limpo e era o que seu dinheiro do salário de ‘treinèe’ poderia pagar. Melhor do que a rua era sim, claro!

- Oi quem é? Disse sem abrir a porta.
- Sou eu, cara!
- Eu? Eu quem?
- Quer dizer que faz só umas horas que tu não me vê e já me esqueceu?
Ah, era seu ‘amigo’.
Entrou olhando para ele com uma cara de espanto. Esperou ganhar um abraço, mas nem uma olhada ganhou.

- Cara, que tá rolando? Não achou que iria ser diferente, achou?
- Claro que sim... num queria sair de casa!
- Eu também num queria que você saísse de lá, sei como é ligado com sua mãe...
- Era..
- Ok, ‘era’ ligado com sua mãe. Mas olha pelo lado bom...
- Qual lado bom, hein?
- Agora teremos mais... privacidade, entendeu?
Ele olhou seu ‘amigo’ com certo ódio, nunca quisera assim, na verdade, nunca quisera que fossem mais do que eram.
- Pode voltar depois? Num tô nada legal!
- Claro, te ligo mais tarde, afinal, vamos aproveitar a ‘night’ pra ver se você ‘se ativa’!
Ele estava falando da balada que frequentavam, mas ele num tava nem um pouquinho a fim de luzes piscantes, som de bate-estaca, ar condicionado insuficiente e bebida ruim.
Ele queria amor, conforto, carinho!
A balada estava sem graça, o ‘amigo’ passou de ser sem graça, aquele quartinho embora útil, estava pra lá do conceito básico de ser sem graça.

Era mesmo isso que queria?
- Que m&#d@ fui fazer, pensou.
Então, lavou o rosto pra num dar mole na rua, tinha chorado a noite inteira, sua cara num deveria estar boa pra se ver. Pôs uma roupa legal, que estava meio amassada na mochila de viagem que fez às pressas com seu pai ladrando em seu pescoço e foi pra qualquer lugar senão aquele!

Pegou um ônibus, bem vazio, era sábado e não tinha muita gente indo pro Centro do Rio, se deu conta que pegou o mesmo ônibus que sempre pegava para ir trabalhar...
- Que burro, putz!
Ficou lá olhando aquela cena que veria de novo na segunda feira, se a segunda chegasse e o encontrasse vivo pra tal.
Pois é, pensou em morte, já era...
Meu Deus, nunca sequer imaginei que iria pensar em fazer tal coisa, logo eu que amo a vida!
Foi quando passou por um outdoor que dizia: “Eu vos dou vida, e vida em abundância!” foi seu primeiro sorriso naquele dia terrível, mas foi de pura ironia, viu? Tanto que acordou o carinha do lado.
- Falou comigo?
- Não desculpe, só ri alto duma frase que li num outdoor.
- Qual aquele ali?
- É... esse mesmo. O rapaz do lado só pôde ler a mensagem, pois estavam parados num semáforo. Ele também sorriu.
- Ué, não sabia que era piada!
- Agora é, oras...! Riram juntos.

Assim começou uma conversa normal, sem nada além disso, então o cara do lado lhe disse;
- Sabe o que aquela frase quer dizer?
- Que se eu der o dízimo pra algum pastor a vida dele será abundante?
- Riu por demais enquanto dizia: - Claro que não!
- Quero dizer que um cara deu a vida para que você não precisasse morrer.
- Tá falando do Jesus dos crentes?
- Claro que não, falo do Filho de Deus!
- Qual diferença?
- O Filho de Deus, ama aos seres humanos mais do que amou Sua própria vida, pois morreu a pior morte só pra te ver assim sorrindo como agora! E sorrindo pra valer depois de agora.

- Mas você num sabe como eu chorei esta noite.
- Eu? Claro que num sei... num tava lá... riram de novo!
- Mas Ele com certeza viu! Aí, tu acredita que fui escalado pra trabalhar de última hora?
Ele pensou: O que isso tem a ver? Mas não disse palavra.
Então o cara do lado continuou;
- Eu acredito que fui chamado aqui de propósito!
- Como assim?
- Ué, você precisava entender que Jesus é a vida pra você, e se você decidir, Ele pode te fazer alguém feliz, de dentro pra fora!

- Cara, Jesus não pode me aceitar, eu sou...
- Chato? Já saquei, mas Ele é um cara paciente, viu?
Riram, depois ficou um silêncio no ar até que o cara do lado, antes de levantar-se falou assim;
- Se você quiser, pode repetir comigo umas palavras, que se você pôr seu coração nelas, serão as palavras que mudarão sua vida.

Ele imaginou que iria repetir alguma coisa como ‘abracadabra pé de cabra’, mas pagou pra ver...
- Então diga lá!
- Ok; Senhor Jesus, preciso ser aceito por ti e preciso que Teu amor me envolva.
Repetia baixinho, cheio de vergonha do mico de rezar no ônibus, claro!
Mas ao abrir os olhos, parecia estar mais leve, mais alegre. E de uma maneira que não há tradução nem no inglês pra essa palavra! Sacou?
- Bom, disse o cara do lado, já vou indo.
- É só isso?
- Isso meu velho, é só o começo, Ele tem muito pra fazer aí no teu coração, mas isso é um processo diário, é só deixar Ele te achar e te conduzir.

Ele achou estranho, mas aquelas palavras doidas faziam o maior sentido.
Agora se sentia melhor, pois não era o amor de um ‘amigo’ que lhe preenchia a vida, mas o amor de Cristo, que supera todas as adversidades.

Sabia que não seria fácil, mas nada poderia ser pior que aquela fatídica noite de ontem. Seguiu sua viagem sorrindo, já não estava mais só, quem o via de fora, podia visualizar um vulto de homem ao seu lado, era Jesus, seu mais novo amor, seu mais novo amigo. Verdadeiro amigo!

Wendel Bernardes.